De acordo com o cônsul adjunto Raul Ailan, desde o final da Copa do Mundo, no domingo (13), cerca de 250 argentinos já pediram auxílio ao consulado.“Fizemos uma análise caso a caso e identificamos diferentes tipos de problemas. Um deles é em relação à questão da documentação, que foi roubada, furtada ou extraviada, e outro é um grupo de pessoas que não tinha condição econômica de voltar para a Argentina. Demos atendimento diferenciado para esses dois tipos de problemas”, explicou o cônsul.
Desde domingo, o consulado argentino já emitiu 153 passaportes provisórios para os cidadãos do país vizinho sem a documentação necessária para ingressar na Argentina. Além disso, passagens de ônibus foram concedidas ontem (15) para que 49 argentinos fossem repatriados. Outros 35 deixarão o Brasil ainda hoje. Segundo o cônsul, a maioria dos casos de argentinos sem documentação ocorreu por causa de furtos e roubos.
“Fornecemos uma passagem rodoviária, e após analisar cada caso, demos uma quantidade de dinheiro suficiente para que essas pessoas se alimentem nos próximos dias, até chegarem à Argentina. Nossa previsão é que as solicitações continuem por mais alguns dias, mas a tendência é que diminuam no decorrer da semana”, disse Raul Aidan.
Os argentinos que procuram ajuda da prefeitura para retornar ao seu país estão sendo orientados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social a buscarem o consulado, que é o responsável por fazer a repatriação. A secretaria informou, em nota, "que trabalha com pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social".
Na manhã de hoje, para acompanhar a saída dos últimos argentinos do Terreirão do Samba, representantes do consulado estiveram no local e receberam pedido de ajuda das pessoas que estavam acampadas lá. O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, também esteve no local e ressaltou a importância das fronteiras fazerem fiscalização efetiva para evitar situações como as dos muitos argentinos sem condições financeiras até para pagar hospedagem.
“Quando viajamos, qualquer lugar no mundo pergunta aonde a pessoa vai ficar, quanto de dinheiro ela tem para a viagem, alguns países perguntam se tem plano de saúde ou não, justamente para saber se a pessoa que está em viagem tem aonde ficar hospedada. O que pudemos observar é que esses turistas vieram sem dinheiro nem para hospedagem. O aprendizado maior fica para o setor fronteiriço”, disse ele.
Na avaliação do secretário, os turistas que durante a Copa do Mundo permaneceram no Terreirão do Samba, que tem capacidade para até 120 carros, espalharam o clima de festa pela cidade. A Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur) calcula que ao longo da Copa 900 veículos estrangeiros estacionaram no Sambódromo, na Feira de São Cristóvão e no Terreirão do Samba.
Agência Brasil
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