Motivado por razões de ordem financeira, o assassinato ocorreu em 4 de fevereiro de 2011, com requintes de crueldade, no terreiro clandestino Axé Ilê Maria Padilha, localizado à rua Professor Evaldo Altino, 532, no Cordeiro, onde Maria Iracy residia, havia 2 anos. De acordo com os autos, o mentor do crime teria sido o pai de santo Paulo Vítor, proprietário do centro. O grupo denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco vivia da renda da vítima, que era ludibriada por Elizabeth Santos (ialorixá) e teria obrigado Maria Iracy a vender uma casa no valor de R$ 50 mil, um veículo, contrair empréstimo de mais R$ 30 mil e destinar todo esse dinheiro à própria Elizabeth.
Ainda segundo os autos, Paulo Vitor, na companhia de Ailton Félix (filho de santo), Elizabeth Santos e Maria Vitória, torturaram Maria Iracy, no dia 3 de fevereiro de 2011, queimando-a e ameaçando-a de morte. No dia seguinte, por volta das 12h, os denunciados colocaram um tipo de soro na veia da vítima, que acabou falecendo minutos depois. Após esse fato, Paulo Vitor ordenou a Ailton que colocasse o corpo da vítima em um saco de náilon e o levasse para o município de Surubim, na companhia de Elizabeth e Severina.
No dia 6 de fevereiro, por volta da meia-noite, Paulo Vitor, Elizabeth Santos, Ailton Félix, Severina Gonzaga e Alexandre Jorge queimaram, esquartejaram e esconderam as partes do corpo no Sítio Desterro, em Surubim. De acordo com o promotor de Justiça José Edivaldo da Silva, que representará o MPPE na acusação aos réus, Paulo Vitor, Elizabeth Santos, Ailton Félix e Maria Vitória vão ser acusados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já Severina Gonzaga e Alexandre Jorge pelo crime de ocultação de cadáver.
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