segunda-feira, julho 07, 2014

117 anos após o seu nascimento, Lampião continua vivo na cultura brasileira

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Celebrar seus mitos, comemorar datas, festejar fatos, é comum aos povos que tem cultura e que valorizam sua história. Virgolino Ferreira da Silva, que entrou pra história com a alcunha de LAMPIÃO, nasceu no dia 07 de julho de 1897, no Sítio Passagem das Pedras, zona rural do município de Serra Talhada. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos e logo cedo ingressou na profissão de almocreve. Entrou para o Cangaço com a intenção de vingar a morte de seu pai, José Ferreira, assassinado pela polícia alagoana chefiada pelo sargento José Lucena. Morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, estado de Sergipe, junto com Maria Bonita e mais nove companheiros.

Homem que dividiu a história do sertão brasileiro – antes e depois de sua passagem pela terra, Lampião é amado e odiado. Para uns, herói, para outros, bandido. A verdade é que qualquer brasileiro tem uma opinião a respeito do famoso cangaceiro pernambucano. Sua história se confunde com a própria história do nordeste brasileiro. Observando bem, poucos são os personagens históricos que saíram do seio do povo, que viveu humildemente, mas que desafiou todas as instâncias de poder. Foi assassinado, mas seu nome continua vivo, cantado nos cordéis, no cinema, no teatro, na gastronomia, na dança, no mundo inteiro.

Os caminhos da história sempre surpreendem e possibilitam que personagens como Lampião, Padre Cícero, Frei Damião, Antônio Conselheiro, Zumbi dos Palmares (entre tantos outros) sejam objeto de estudo e de controvérsias. Fato é que, mesmo 117 anos após seu nascimento e 76 anos após sua morte, Lampião ainda desperta sentimentos extremos de admiração e ódio. Afinal de contas, trata-se de um personagem real e que foi construído rodeado de valores que envaidecem o nordestino: coragem, valentia, brabeza de cabra macho, obstinação, esperteza, etc.

Sempre que for citado, Lampião será sempre centro de contradições e de fervorosas discussões, o que de certa forma contribui para perpetuar sua condição mitológica e despertar tanto fascínio nas gerações atuais e futuras (Farol de Notícia).

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