Ele disse que estudos técnicos mostram que, pelo atual quadro, os riscos trabalhados hoje no país descartam qualquer hipótese de racionamento. O secretário destacou que um acompanhamento feito mensalmente mostra uma boa reação do sistema às baixas vazões de janeiro e fevereiro.
Para ele, o fato de haver equilíbrio estrutural permite garantir que a demanda do país vai ser atendida. “Vamos continuar acompanhando com atenção, mas isso nos dá a tranquilidade de que o sistema brasileiro vai atender à sociedade tanto neste ano quanto no ano que vem, dentro daquilo que ele foi planejado. Nós não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento, porque, tecnicamente, não há indicativo de que estejamos trabalhando com riscos muito acima daquilo que o sistema é planejado”, reforçou.
Zimmermann explicou que o setor elétrico tem um sistema programado para trabalhar com um certo nível de riscos e que, quando existe equilíbrio e um bom número de usinas e de linhas, há tranquilidade de aguentar, como está acontecendo neste momento, uma situação hidrológica desfavorável. "Estamos trabalhando com um nível de risco que nos permite dizer isso [que não vai haver racionamento]."
De acordo com o secretário, no modelo usado pelo Brasil, em condições hidrológicas piores, uma situação de seca implica, naturalmente, ter, quando se trabalha em curto prazo, preços mais altos para o consumidor. Zimmermann ponderou, no entanto, que os riscos estão diminuindo com as perspectivas de maior volume de chuvas até o fim do ano.
“A tendência é ter melhorado o desempenho a partir do momento em que se afasta daquele evento extremo que foi janeiro e fevereiro e o sistema vai entrando em normalidade. Vai-se aproximando da próxima estação chuvosa e, ao mesmo tempo, os patamares de vazões, que se tem dado, são bem melhores do que os que ocorreram em janeiro e fevereiro”, esclareceu.
O secretário descartou a possibilidade de falta de energia durante a Copa do Mundo, que vai do dia 12 deste mês a 13 de julho lembrando que o desempenho do setor melhorou nos últimos três meses. “Em março, abril e maio, o sistema melhorou. Então, estamos com tranquilidade e não falamos neste mês [junho]. Falamos, na verdade, em final de 2015. Até lá, o suprimento está garantido para aquilo que o sistema foi planejado.”
Zimmermann participou, na Fundação Getulio Vargas (FGV), do 4º Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia para analisar o modelo energético brasileiro e as perspectivas e desafios do setor.
Agência Brasil
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