Raul Henry em entrevista a Assis Ramalho
Raul Henry iniciou sua trajetória política no movimento estudantil. Em 1996 foi eleito vice-prefeito do Recife, no mandato de Roberto Magalhães, tendo assumido a prefeitura da cidade de julho a novembro de 2000.
Em Recife, foi chefe de gabinete da prefeitura, diretor administrativo e financeiro da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana e presidente da Fundação de Cultura. Ocupou ainda o cargo de secretário das pastas de Governo e de Cultura, Turismo e Esportes da capital pernambucana. Foi também secretário estadual de Educação e Cultura e de Planejamento.
Em 2006, Raul Henry foi eleito deputado federal por Pernambuco com 138 mil 841 votos, e em 2010 se reelegeu com 90.106 votos.
Na entrevista concedida ao Blog de Assis Ramalho, entre outros assuntos, Raul Henry diz que está otimista com relação à vitória de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco, apesar de ainda ser um candidato desconhecido do povo pernambucano, e diz acreditar que Eduardo Campos vai crescer nas pesquisas e será eleito presidente do Brasil.
Acompanhe a entrevista na íntegra:
Assis Ramalho: Gostaria que você, com a sua experiência política, fizesse uma análise deste início de campanha de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco, e de Eduardo Campos à presidência da República.
Raul Henry: Eu acho, Assis, que hoje tem uma realidade completamente diferente em Pernambuco e no Brasil. Em Pernambuco, a gente percebe um clima de confiança no futuro, um clima de otimismo, um clima de aprovação e reconhecimento ao governo de Eduardo Campos, e um desejo que esse trabalho tenha continuidade. E como nós representamos a continuidade deste projeto, nós temos sido recebidos por onde passamos de uma maneira muito carinhosa. É um sentimento de que esta é uma campanha que tem uma mensagem vitoriosa. Já no Brasil, o que a gente vê é um ambiente completamente diferente. Basta a gente olhar o que aconteceu na abertura da Copa do Mundo. Há no país um clima de irritação, de indignação e de revolta da população, e tudo isso aponta para uma mensagem de mudança no Brasil. Por isso, nós achamos que Eduardo tem uma grande chance de chegar ao segundo turno, e no segundo turno vencer a eleição.
Assis Ramalho: O fato de Eduardo Campos ter rompido com o ex-presidente Lula, não vai prejudicar a campanha de Paulo Câmara, já que Lula ainda tem um respaldo muito forte com o povo pernambucano?
Raul Henry: Não. Eduardo tem feito um discurso em que reconhece os avanços do país no período Lula. No governo de Lula foram implantados os grandes programas sociais, onde foram tirados milhões de pessoas da pobreza, que reduziram a desigualdade de renda no Brasil. Eduardo tem reconhecido isso. O que é que ele tem dito? Que a atual presidenta foi escolhida para continuar o trabalho de Lula e para fazer o Brasil continuar crescendo, e não fez isso. O Brasil, no lugar de melhorar, piorou nos últimos três anos. A economia da Brasil, que se estabilizou no governo de Fernando Henrique e que cresceu no governo Lula, parou de crescer. E, o pior de tudo, é que a inflação está voltando. Então, o que Eduardo tem dito sobre o Brasil é verdade, e o povo na rua está dizendo isso.
Assis Ramalho: Em recente entrevista que eu fiz com Eduardo Campos, ele falou algo que me chamou a atenção: ele disse que em Brasília está cheio de gente (políticos) que não cuidam do povo e que só pensam neles mesmos. Você também concorda com o que Eduardo falou?
Raul Henry: Concordo. E digo mais: essa invenção que se fez no governo do PT, do presidencialismo de coalizão, esse nome bonito, o que de fato significa isso? É criar 39 ministérios e entregar um a cada partido, para esse pessoal fazer negócios, utilizar o ministério como um balcão de negócios. Isso é uma vergonha, porque é uma lógica que funciona apenas a favor dos políticos. É por isso que a política anda tão desmoralizada no Brasil. Então, de fato, tudo isso tem que mudar.
Assis Ramalho: Você acha que tem que "passar um rodo" em Brasília?
Raul Henry: Sim. Tem que "passar um rodo" em Brasília e buscar figuras representativas da sociedade para ocuparem esses postos de comando. Tem que colocar lá gente respeitada, gente que tenha competência reconhecida, gente que seja referência na sociedade, para acabar de uma vez por todas com esse balcão de negócios que virou a política no Brasil.
Assis Ramalho: As pesquisas, que não têm favorecido Eduardo Campos nem Paulo Câmara, estão de acordo com o que vocês esperavam neste início de campanha?
Raul Henry: Assis, tem duas coisas que as pesquisas apontam: Em Pernambuco, há um desejo de continuidade, mas há um desconhecimento (por parte do eleitor) de Paulo Câmara, que nunca disputou nada. Nós estamos fazendo reuniões em regime fechado, onde não tem carro de som nas ruas, não tem comícios, não tem retratos pregados na parede, não tem nada disso. Então, esse é um momento que nós temos hoje em Pernambuco: um desejo de continuidade, mas o desconhecimento de Paulo Câmara. Então, quando aparecem as pesquisas, é evidente que ele vai está atrás, porque não é conhecido. Sobre a eleição nacional, o que é que as pesquisas apontam? Apontam um grande desejo de mudança da população e, também, o desconhecimento de Eduardo Campos. Mas quando você pega a amostra da pesquisa e subtrai entre aquele conjunto de eleitores que dizem que conhece os três candidatos, Eduardo aparece na frente. Então, quando a campanha for para as ruas, certamente as pesquisas vão ser mudadas, e eu não tenho dúvidas de que nós sairemos vitoriosos aqui em Pernambuco e vitoriosos nacionalmente.
Assis Ramalho: O fato de Eduardo Campos, que por motivos da sua campanha a presidência, não poder acompanhar Paulo Câmara em suas andanças pelo Estado, como é o caso de hoje aqui em Petrolândia, não vai ser prejudicial à campanha de vocês?
Raul Henry: Olha, é evidente que se ele estivesse conosco seria muito melhor. Mas Eduardo tem que fazer a campanha nacional. Ele vai para televisão, para os programas de rádio, ele vai falar nos carros de som, mas também ele vai estar presente na nossa campanha, e a mensagem da nossa campanha será a de continuidade do trabalho dele. É por isso que eu não tenho nenhuma dúvida de que nós sairemos vitoriosos em Pernambuco.
Assis Ramalho: Você sempre teve uma grande ligação com o Senador Jarbas Vasconcelos, sem dúvida uma das maiores lideranças política da história de Pernambuco. Fale um pouco sobre essa ligação com Jarbas e se sonha um dia ser governador de Pernambuco.
Raul Henry: É verdade. Eu tenho um relação política com Jarbas, desde 1985 quando nós fizemos a campanha dele à prefeitura do Recife e eu ajudei muito na campanha. A partir dali, eu fui chefe de gabinete dele, depois eu fui vice-prefeito do Recife, fui secretário de Educação, fui secretário de Planejamento, enfim, eu tenho toda uma vida ligada a ele, o que me honra muito. Jarbas é um homem sério, um homem respeitado, é um homem que o que fez na vida pública foi aprovado. Jarbas foi um bom prefeito do Recife, um bom governador e um bom senador. No passado foi um grande combatente contra a ditadura militar e ele agora vai ser deputado federal, e eu não tenho dúvidas sobre isso, porque ele vai ter uma grande votação em Pernambuco. Quanto ao fato de eu um dia ser governador de Pernambuco, ou não, é claro que eu me sinto muito gratificado de estar na vida pública, me sinto muito honrado de estar participando desta chapa majoritária, mas o futuro nós vamos ter que aguardar e ver o que que ele apresenta. O importante é estar fazendo a política com propósitos de transformar as coisas em realidade e de melhorar a vida dos pernambucanos.
Assis Ramalho: Já que Paulo Câmara ainda é um candidato desconhecido do povo pernambucano e, principalmente, do povo sertanejo, fale um pouco do perfil do candidato Paulo Câmara.
Raul Henry: Olha, nós temos um grande candidato, que é Paulo Câmara. Ele é um candidato decente, um candidato honesto, que tem a ficha limpa, que tem a vida limpa e que tem competência. Ele foi secretário de Eduardo em três secretarias diferentes e é também uma pessoa que tem grandes virtudes humanas. Ele é uma pessoa humilde, uma pessoas simples, que fala de igual para igual, que olha no olho, e não tem a arrogância. que muitas vezes a gente vê nos políticos tradicionais. Então, o povo de Pernambuco tem um grande candidato e vai ser um privilégio para nós termos Paulo Câmara como governador do nosso Estado, a partir de 2015.
Assis Ramalho: Raul, eu gostaria de lhe agradecer pela a atenção com a nossa reportagem e boa sorte.
Raul Henry: Eu é que agradeço a você, Assis, pela oportunidade de fazer esses esclarecimentos ao povo do Sertão de Itaparica. Obrigado!
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Redação do Blog de Assis Ramalho
Assis Ramalho: Gostaria que você, com a sua experiência política, fizesse uma análise deste início de campanha de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco, e de Eduardo Campos à presidência da República.
Raul Henry: Eu acho, Assis, que hoje tem uma realidade completamente diferente em Pernambuco e no Brasil. Em Pernambuco, a gente percebe um clima de confiança no futuro, um clima de otimismo, um clima de aprovação e reconhecimento ao governo de Eduardo Campos, e um desejo que esse trabalho tenha continuidade. E como nós representamos a continuidade deste projeto, nós temos sido recebidos por onde passamos de uma maneira muito carinhosa. É um sentimento de que esta é uma campanha que tem uma mensagem vitoriosa. Já no Brasil, o que a gente vê é um ambiente completamente diferente. Basta a gente olhar o que aconteceu na abertura da Copa do Mundo. Há no país um clima de irritação, de indignação e de revolta da população, e tudo isso aponta para uma mensagem de mudança no Brasil. Por isso, nós achamos que Eduardo tem uma grande chance de chegar ao segundo turno, e no segundo turno vencer a eleição.
Assis Ramalho: Em recente entrevista que eu fiz com Eduardo Campos, ele falou algo que me chamou a atenção: ele disse que em Brasília está cheio de gente (políticos) que não cuidam do povo e que só pensam neles mesmos. Você também concorda com o que Eduardo falou?
Raul Henry: Concordo. E digo mais: essa invenção que se fez no governo do PT, do presidencialismo de coalizão, esse nome bonito, o que de fato significa isso? É criar 39 ministérios e entregar um a cada partido, para esse pessoal fazer negócios, utilizar o ministério como um balcão de negócios. Isso é uma vergonha, porque é uma lógica que funciona apenas a favor dos políticos. É por isso que a política anda tão desmoralizada no Brasil. Então, de fato, tudo isso tem que mudar.
Assis Ramalho: Você acha que tem que "passar um rodo" em Brasília?
Raul Henry: Assis, tem duas coisas que as pesquisas apontam: Em Pernambuco, há um desejo de continuidade, mas há um desconhecimento (por parte do eleitor) de Paulo Câmara, que nunca disputou nada. Nós estamos fazendo reuniões em regime fechado, onde não tem carro de som nas ruas, não tem comícios, não tem retratos pregados na parede, não tem nada disso. Então, esse é um momento que nós temos hoje em Pernambuco: um desejo de continuidade, mas o desconhecimento de Paulo Câmara. Então, quando aparecem as pesquisas, é evidente que ele vai está atrás, porque não é conhecido. Sobre a eleição nacional, o que é que as pesquisas apontam? Apontam um grande desejo de mudança da população e, também, o desconhecimento de Eduardo Campos. Mas quando você pega a amostra da pesquisa e subtrai entre aquele conjunto de eleitores que dizem que conhece os três candidatos, Eduardo aparece na frente. Então, quando a campanha for para as ruas, certamente as pesquisas vão ser mudadas, e eu não tenho dúvidas de que nós sairemos vitoriosos aqui em Pernambuco e vitoriosos nacionalmente.
Assis Ramalho: O fato de Eduardo Campos, que por motivos da sua campanha a presidência, não poder acompanhar Paulo Câmara em suas andanças pelo Estado, como é o caso de hoje aqui em Petrolândia, não vai ser prejudicial à campanha de vocês?
Raul Henry: Olha, é evidente que se ele estivesse conosco seria muito melhor. Mas Eduardo tem que fazer a campanha nacional. Ele vai para televisão, para os programas de rádio, ele vai falar nos carros de som, mas também ele vai estar presente na nossa campanha, e a mensagem da nossa campanha será a de continuidade do trabalho dele. É por isso que eu não tenho nenhuma dúvida de que nós sairemos vitoriosos em Pernambuco.
Assis Ramalho: Você sempre teve uma grande ligação com o Senador Jarbas Vasconcelos, sem dúvida uma das maiores lideranças política da história de Pernambuco. Fale um pouco sobre essa ligação com Jarbas e se sonha um dia ser governador de Pernambuco.
Raul Henry: É verdade. Eu tenho um relação política com Jarbas, desde 1985 quando nós fizemos a campanha dele à prefeitura do Recife e eu ajudei muito na campanha. A partir dali, eu fui chefe de gabinete dele, depois eu fui vice-prefeito do Recife, fui secretário de Educação, fui secretário de Planejamento, enfim, eu tenho toda uma vida ligada a ele, o que me honra muito. Jarbas é um homem sério, um homem respeitado, é um homem que o que fez na vida pública foi aprovado. Jarbas foi um bom prefeito do Recife, um bom governador e um bom senador. No passado foi um grande combatente contra a ditadura militar e ele agora vai ser deputado federal, e eu não tenho dúvidas sobre isso, porque ele vai ter uma grande votação em Pernambuco. Quanto ao fato de eu um dia ser governador de Pernambuco, ou não, é claro que eu me sinto muito gratificado de estar na vida pública, me sinto muito honrado de estar participando desta chapa majoritária, mas o futuro nós vamos ter que aguardar e ver o que que ele apresenta. O importante é estar fazendo a política com propósitos de transformar as coisas em realidade e de melhorar a vida dos pernambucanos.
Raul Henry: Olha, nós temos um grande candidato, que é Paulo Câmara. Ele é um candidato decente, um candidato honesto, que tem a ficha limpa, que tem a vida limpa e que tem competência. Ele foi secretário de Eduardo em três secretarias diferentes e é também uma pessoa que tem grandes virtudes humanas. Ele é uma pessoa humilde, uma pessoas simples, que fala de igual para igual, que olha no olho, e não tem a arrogância. que muitas vezes a gente vê nos políticos tradicionais. Então, o povo de Pernambuco tem um grande candidato e vai ser um privilégio para nós termos Paulo Câmara como governador do nosso Estado, a partir de 2015.
Assis Ramalho: Raul, eu gostaria de lhe agradecer pela a atenção com a nossa reportagem e boa sorte.
Raul Henry: Eu é que agradeço a você, Assis, pela oportunidade de fazer esses esclarecimentos ao povo do Sertão de Itaparica. Obrigado!
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Redação do Blog de Assis Ramalho
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