Foto: Cathy Rodrigues
Em busca de uma cadela ferida, vítima de atropelamento, a diretora de adoção e a voluntária da ONG Lobo, Janete Lauck e Tatiane Lauck se depararam com uma numerosa família vivendo em situação de extrema miséria no coração de Barreiras. Conhecida popularmente como “Ponte de Cimento”, a Ponte Aylon Macedo, localizada no centro da cidade, na BR-242, onde milhares de cidadãos transitam diariamente, refugia embaixo de sua estrutura, 28 pessoas, sendo 14 crianças, com idade entre três meses à 12 anos.
A cadela, que mais tarde descobriu ter sido abandonada em uma caixa por um veículo desconhecido próximo à “Ponte de Cimento”, foi abrigada por esta família, que também acolhe oito cães e três gatos.
“Aqui não falta nada”, argumentou uma das moradoras do local. Todavia, são visivelmente carentes de tudo, principalmente de serviços básicos, como água potável, energia elétrica e banheiro.
“Ao ouvir esta senhora dizer que não lhes faltava nada, pensei em quanto reclamamos da vida, o quanto repetimos aos outros e a nós mesmos que tal coisa nos falta. Sempre que cruzar esta ponte me lembrarei disso”, declara Janete Lauck, diretora de adoção da Lobo.
VIDA & DIGNIDADE – A Lobo vai vermifugar e castrar todos os animais que vivem ali. E apesar de ser a causa animal a sua bandeira de luta, a instituição defende a vida, a dignidade e a harmonia entre seres humanos e bichos. “Arrecadamos doações entre nós mesmos da Lobo e voltamos ao local para entregar. Conseguimos desde colchões a cadernos e alimentos. Entramos em contato com um pediatra e ele se dispôs a visitar as crianças, pois algumas estão doentes. Quem quiser doar, pode ir até o local durante o dia. Eles estão precisando muito de agasalhos”, explica Janete.
Fonte: Jornal Nova Fronteira e Anda
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