A Ympactus Comercial (Telexfree) completou nesta quarta-feira (18) um ano de atividades bloqueadas pela Justiça e os divulgadores ainda esperançosos pelo retorno da empresa ao mercado estão longe de ganhar este “presente”. É que a Justiça do Acre informou que, caso a decisão judicial considere a devolução financeira aos divulgadores, cada um terá que entrar na Justiça do respectivo estado para receber o que considera de direito. Porém, a empresa contratada para apresentar o laudo da perícia contábil não cumpriu o prazo, previsto para a última segunda-feira. Por se tratar de uma contratação de responsabilidade da Telexfree, ela será penalizada. A juíza do TJAC, Thais Khalil, deve definir ainda nesta quarta quais os trâmites judiciais para mais um entrave produzido pela empresa.
A Justiça e o Ministério Público estão há um ano investigando a Telexfree por suspeita de crime contra a economia popular, ou seja, formação de pirâmide financeira. No Brasil, a Telexfree reuniu mais de um milhão de pessoas no negócio, cuja sustentação nunca foi validada por ter como principal fonte de renda a adesão de novos divulgadores. De acordo com informações do Tribunal de Justiça do estado do Acre, a perícia contábil é essencial para os rumos do processo de restituição dos divulgadores lesados com a suspensão da atividade da empresa. É o laudo que dirá quanto está em caixa, quanto vai para funcionários e cargas trabalhistas, assim como qual a quantia a ser destinada a restituições. O setor jurídico da TelexFree foi procurado pela reportagem, mas informou que o pronunciamento oficial será dado em breve.
Sobre a devolução, quem não se increveu no site da Telexfree para ser contemplado na lista de contemplados não consegue mais. O prazo dado pela empresa para o preechimento do formulário de requerimento de crédito foi encerrado em 30 de maio. A empresa também não informou quantos divulgadores entregaram o formulário para o que ela chama de mutirão da devolução. Na página oficial da empresa no Facebook, não há informações sobre o assunto. A última informação publicada foi a de que a Justiça americana havia concedido a liberdade a James Merril o, presidente da Telexfree internacional, preso desde o início do mês passado por presidir um negócio suspeito.
Diario de Pernambuco
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