Os contratos entre o ex-atacante e as agências de publicidade são protegidos por cláusulas de sigilo. As empresas estão entre as maiores do país: uma delas é a mais premiada do país, com 149 leões conquistados no Festival de Cannes, na França; a outra teve os comerciais dirigidos pelo cineasta Heitor Dhalia. Profissionais da área ouvidos pelo Correio estimam que, somadas as campanhas, o Baixinho tenha recebido entre R$ 700 mil e R$ 900 mil pela participação.
Romário negou que haja incoerência entre o discurso combativo e a participação nos anúncios. “Eu ganho R$ 20 mil por mês, um salário que 95% da população brasileira não ganha, mas as pessoas podem entender que, como jogador, sempre ganhei mais do que isso. Eu abri mão de continuar ganhando milhões porque acreditei que, na política, um ídolo poderia realizar mais. Fiz essas propagandas porque, financeiramente, foram bem interessantes para mim. E já deixei de fazer mais de cinco porque não valiam a pena”, argumentou o ex-atacante.
Para o deputado, aproveitar a imagem positiva como ex-atleta da Seleção Brasileira para ganhar dinheiro é um modo de fazer política de forma honesta. “Eu não mudo minhas posições porque fiz propaganda. Sempre foram e serão iguais. Não sou contra a Copa, mas sou 100% contra a maneira como ela está sendo feita, principalmente no que se refere a gastos”, comentou.
Críticas
Desde que assumiu o cargo na Câmara dos Deputados, Romário se notabilizou pelas críticas à organização do Mundial e a acusações ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, e ao secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke. “Estamos fadados a assistir ao maior roubo da história do Brasil”, previu, em março de 2012. Nesta semana, voltou a condená-la: “Você tem que ter bandeira e eu, como deputado federal, sou contra o que é ruim, o que é mau. Não podem dizer que a Copa do Mundo é bastante positiva para o povo”.
De olho no Senado
Na quarta-feira, Romário anunciou a pré-candidatura ao Senado, citando “a bênção” de Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à presidência da República. O lançamento do Baixinho ao cargo será confirmada na convenção do partido. O deputado federal Miro Teixeira (PROS) deve concorrer, pela mesmo chapa, ao governo do estado do Rio.
UOL
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