Eduardo Campos em entrevista à Assis Ramalho
“Na eleição de 2010, foi importante a mensagem de que a candidata Dilma tinha o apoio do presidente Lula, essa mensagem foi fundamental para a vitória dela. Agora o que vai estar em julgamento é o governo dela”, avalia.
Para Eduardo, além de não ter feito uma boa gestão, Dilma “perdeu uma oportunidade” de corrigir os rumos do governo depois das manifestações populares de junho do ano passado. “O Brasil deu uma oportunidade para a presidente Dilma na eleição e depois mandou um recado, em junho, quando foi às ruas. Mais uma vez, ela jogou a oportunidade fora. Ela podia, ali, ter diminuído o número de ministérios, chamado gente séria e competente para conduzir o Brasil. E fez tudo ao contrário. Ela se entregou à velha política”, disse.
Durante encontro com alunos da Faculdade Sete de Setembro, em Paulo Afonso, Eduardo falou de tudo um pouco. Sobre o embróglio em torno do diretório da legenda em Minas Gerais, que discute a candidatura do deputado Júlio Delgado ao governo ou o apoio à candidatura de Pimenta da Veiga (PSDB), o ex-governador resumiu que vai acompanhar o debate e lembrou da aliança socialista com o PSDB mineiro desde 2006, mas considerou que a incorporação da Rede Sustentabilidade muda este cenário. “Há um debate interno que vai ser definido na convenção. Tem um conjunto que defende a candidatura própria e tem outro que defende a aliança (com o PSDB). Se não houver acordo, a questão será resolvida no voto”, afirmou.
Eduardo também criticou o dito “discurso do medo”, ressaltando que, caso vença as eleições em outubro, vai manter programas sociais, como o Bolsa Família. “Muitos ficam dizendo que só dá para garantir o Bolsa Família se a presidente ganhar. Isso história da carochinha. Quem acredita nisso acredita em Papai Noel, em Cumadre Fulozinha, em Saci Pererê. Vimos isso ser usado contra o Lula. Não têm mais argumento”, argumentou o socialista.
Na cidade com a segunda maior capacidade hidroelétrica do País, Eduardo lembrou da crise no setor energético e criticou duramente o esvaziamento de estatais como a Codevasf e a Chesf. Esta última, uma empresa que durante quase 10 anos (2003-2011 e 2012-2013) foi administrada pelo PSB.
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> Entrevista de Eduardo Campos ao Blog de Assis Ramalho é destaque no Jornal Folha de São Paulo> nhttp://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1428347-sob-dilma-as-coisas-vao-piorar-para-a-populacao-diz-campos.shtml
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