A renda da Fifa ultrapassará a marca de US$ 4 bilhões, mais de US$ 800 milhões acima do que a entidade obteve na África do Sul em 2010. Mas a entidade insiste que nunca gastou tanto com um evento quanto a Copa no Brasil. No total, o investimento da Fifa teria chegado perto de US$ 2 bilhões.
Para ter o direito de transmitir a Copa, redes de televisão pagaram um valor recorde para a Fifa: cerca de US$ 1,7 bilhão. A expectativa é de que a audiência seja recorde. Na final da Copa em 2010, 530 milhões de pessoas assistiram a Espanha levantar o troféu. Desta vez, os números devem bater essa marca. No Brasil, mais de 14 mil jornalistas foram credenciados para o evento, outro recorde.
Os estádios também bateram recordes, com gastos feitos no Brasil de mais de R$ 8,5 bilhões para as doze arenas, três vezes o que a CBF havia indicado para a Fifa em 2007. O valor é ainda o equivalente a tudo o que a Alemanha e a África do Sul gastaram em duas Copas do Mundo, juntas.
Outro recorde é o número de pedidos de ingressos. No total, mais de 11 milhões de pessoas enviaram seus pedidos para os 3 milhões de ingressos disponíveis. Só para a final no Maracanã, a Fifa poderia ter preenchido cinco estádios com os pedidos que recebeu.
ATLETAS
A Fifa garante que as seleções também ganham com a Copa. O prêmio ao vencedor de US$ 35 milhões é o maior já pago pela entidade. Mas ele é apenas um terço do que a Fifa gasta anualmente para pagar os salários de seus funcionários e cartolas em Zurique. Outros US$ 323 milhões serão distribuídos para as outras 31 seleções.
Diante dessa realidade financeira inédita, algumas seleções já anunciaram que os prêmios que darão aos 23 jogadores baterão recordes. A França, por exemplo, indicou que cada atleta sairá do Brasil com 330 mil euros se ganhar a Copa, 10% a mais do que foi prometido na África do Sul em 2010.
Já a seleção dos Estados Unidos indicou a seus jogadores que, apenas por participar do torneio, cada um deles levará uma bolada de US$ 75 mil. Antes mesmo da bola rolar, a Fifa distribuiu US$ 48 milhões para ajudar as 32 federações nacionais a pagar pelos custos de preparação.
Até os clubes ganharão com a Copa. A Fifa reservou US$ 70 milhões para dar aos times que vão emprestar os jogadores para as seleções nacionais. O valor é duas vezes o que foi distribuído na África do Sul.
EMPRESAS
Quem também já comemora é a Adidas, uma das principais patrocinadoras do evento. A empresa prevê um aumento de sua receita em 8% em 2014, graças ao torneio no Brasil. Em valores, isso representa um incremento de US$ 1,6 bilhão.
Os seis maiores parceiros da Fifa, incluindo Adidas e Coca-cola, pagaram mais de US$ 700 milhões para a entidade para ter o direito de explorar a marca da Copa e ter seus cartazes nos estádios no Brasil, outro recorde.
Agência Estado
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