Na abertura do encontro, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, admitiu que a pasta falha com os jovens. "A gente está fazendo várias coisas nesse sentido [promoção e incentivo cultural] e está indo mais ou menos bem. Conseguimos fazer edital para negro, índio, mulher, [público] LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros], mas, sabe quando você sente que está faltando!", disse, e questionou: "E os jovens? O que os jovens estão querendo fazer?"
Ouvir os jovens é o objeitvo, segundo a ministra. No encontro, os jovens participarão de dinâmicas de grupos, trocando experiências e colaborando com questões que abordam a formação cultural da juventude, o fomento à produção artística do jovem e o protagonismo e a participação da juventude nas políticas culturais.
"Eu quero saber o que a gente pode fazer, o que a gente não está fazendo e como a gente pode chegar na tua região?" - perguntou Marta diretamente a um dos participantes. A resposta será dada ao longo do encontro. Como resultado, o Ministério da Cultura e a Secretaria-Geral da Presidência da República pretendem assimilar as sugestões dos jovens nas políticas desenvolvidas pelas duas pastas.
Janaína Costa, uma das participantes, representa os profissionais de circo do Rio de Janeiro. Ela faz parte da Instituição Crescer e Viver, grupo que atua junto a crianças em situação de rua. Segundo ela, as dificuldades em se trabalhar com cultura são muitas. "O projeto tem alguns patrocínios, e a gente trabalha com editais. Mas tem tempos que não tem edital, tem horas que você está farto".
A opinião é compartilhada por Rodrigo Bico, ator de Natal. Ele faz parte do grupo Facetas, Mutretas e Outras Histórias, beneficiado pelo programa federal Cultura Viva, que financia projetos culturais em comunidades. "A gente tem dificuldades com o programa, no repasse das verbas, sempre tem atrasos. Isso acaba atrasando também a agenda da gente".
Bico espera que o encontro resulte em uma política cultural para a juventude. "Tem muito jovem que está querendo gritar, mas precisa de espaço, condições, formação. Acho que esse momento do encontro é para isso. Pegar essas linguagens e sotaques e transformar em uma política cultural fortalecida para fortalecer também a cultura brasileira".
Agência Brasil
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