O encontro, feito em Gramado (RS), reuniu nos últimos três dias mais de 700 participantes e 26 convidados internacionais de 20 países, além de representantes dos ministérios da Saúde e da Educação para debater alternativas para ampliar o atendimento às comunidades rurais e aos pequenos municípios.
Segundo o presidente do congresso e coordenador do grupo de trabalho de medicina rural da Sociedade Brasileira de Família e Comunidade (SBMFC), Leonardo Vieira Targa, é preciso adotar uma série de estratégias conjuntas e não apenas trazer médicos de fora do país e incentivar profissionais recém-formados a atuarem nesses locais.
“A real solução que estamos discutindo é a adoção de várias estratégias ao mesmo tempo, principalmente formando médico com o perfil para trabalhar no interior”, disse Targa. Segundo ele, o profissional com a especialização de médico de família e comunidade é capaz de solucionar 95% dos problemas de saúde de qualquer comunidade rural.
De acordo com Targa, o médico de família e comunidade é preparado para acompanhar os pacientes em seu contexto familiar e social diagnosticando e tratando os problemas mais frequentes e, principalmente, prevenindo doenças e promovendo a saúde. No Brasil esses médicos integram as equipes do Programa Saúde da Família (PSF).
Targa disse à Agência Brasil que o acesso das populações rurais aos serviços básicos de saúde é um desafio em várias partes do mundo. O problema é agravado, segundo ele, principalmente pela falta de profissionais qualificados, alta rotatividade profissional e infraestrutura deficiente.
A Declaração de Gramado, como será chamado o documento final do encontro, será apresentado, primeiramente, à sociedade científica e depois levados aos autoridades públicas e à sociedade em geral.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.