Caminhão invadiu a contramão e atingiu micro-ônibus de frente
(Foto: Jamile Alves/G1 AM)
De acordo com informações da polícia e de testemunhas, o caminhão trafegava no sentido bairro-centro quando perdeu o controle, atravessou o meio-fio e invadiu a contramão, batendo de frente com o coletivo, que fazia a linha 825 (Redenção-Bairro da Paz). Testemunhas disseram ainda que o micro-ônibus estava cheio e muitos passageiros estavam em pé no interior do veículo.
O eletricista Pablo Pessoa, de 23 anos, estava saindo de uma faculdade localizada em frente ao local do acidente e viu a colisão. "Vi uma S-10 [picape] vindo em alta velocidade. O motorista da S-10, que estava atrás da caçamba [caminhão], conseguiu passar dela. Ele disse que o motorista da caçamba estava em alta velocidade como se não tivesse conseguindo freiar. O motorista parou e veio falando 'esse cara tá doido, queria me bater'. Ele estava a 100 km por hora. Um passageiro chegou a sair pela janela e eu cheguei a socorrer, coloquei ele na calçada", disse.
Universitários que saiam de uma faculdade próxima ao local do acidente e funcionários de um posto de combustíveis ajudaram as vítimas minutos após o acidente. Segundo a frentista Tatiane Farai, o coletivo estava lotado. "O trânsito estava fluindo normalmente e tinha muitos passageiros no micro-ônibus. Muita gente ferida. Uma tragédia", disse ao G1.
Parto
Uma grávida estava no micro-ônibus. Ela morreu no local do acidente, segundo os bombeiros. Médicos chegaram a fazer o parto da criança, mas ela também não sobreviveu. De acordo com o coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Enzo Monteiro, as vítimas foram levadas para hospitais na capital. "Dez pessoas foram para o Hospital Pronto-Socorro 28 de agosto, seis para João Lúcio e quatro para SPAs do entorno", explicou.
O vice-prefeito de Manaus, Hissa Abraão, foi ao local do acidente e anunciou luto oficial na capital. " Manaus vai decretar luto oficial de três dias. É prematuro apontar de quem foi o equívoco. Não sabemos se o motorista da caçamba teve uma morte súbita ao volante. Não há marcas de freio do outro lado da rua", disse Hissa Abrahão.
G1 Amazonas
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