O corpo de Mariana será encaminhado às 5h deste sábado (8) para São José do Rio Pardo, no interior paulista, onde será velado. Não foram marcados ainda horário e local do velório e do enterro de Elaine e Giuliano; a família deverá tomar esta decisão na manhã deste sábado.
"O que foi apurado até agora é que a pessoa [Elaine] estava fazendo tratamento médico. Ela estava descontente com o filho que não estava indo bem na faculdade e na verdade de hoje, possivelmente, ela deva ter matado o filho, mais a namorada do filho e posteriormente cometeu o suicídio", disse o delegado Daniel Cohen, do 91º Distrito Policial, que cuida do caso.
Mariana era sobrinha de Mauro Luiz Campbell Marques, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mais cedo, na sexta, o secretário da Segurança, Fernando Grella, foi ao prédio, segundo ele, para "prestar solidariedade" à família de uma das vítimas.
Segundo o delegado, a empregada doméstica da família chegou ao apartamento do segundo andar do prédio por volta das 8h e presenciou os crimes, que ocorreram por volta das 8h20, ligou para a polícia e saiu correndo.
A polícia acredita que Mariana tenha sido morta primeiro, quando dormia, com um tiro embaixo do braço e acima do ouvido direito e, depois, Giuliano, com três tiros, um no rosto, um próximo ao coração e um no braço esquerdo. Ainda segundo o delegado, Elaine se matou com um tiro na boca. O corpo do jovem foi encontrada na sala, o da menina na cama de um dos quartos e o da mãe no quarto do casal.
A arma utilizada nos crimes foi um revólver calibre 38 Taurus e cerca de oito tiros foram disparados. O revólver tem numeração, mas a polícia ainda não havia encontrado registro.
O marido de Elaine, que também é médico, tinha saído para trabalhar e ao chegar ao hospital foi acionado para retornar. Ele afirmou que desconhecia o revólver e que "abomina o uso de armas". Tanto ele como a empregada foram ouvidos pela polícia. A empregada e o marido confirmaram à polícia que a médica tinha sinais de depressão.
O marido afirmou à policia que Elaine apresentava comportamento introspectivo entre o final de 2013 e inicio de 2014. Ela mantinha-se calada e fazia anotações em tópicos como se fossem roteiros de conversas . "Ela escrevia problemas, dois pontos, conversar, como se fosse dar uma palestra", disse Cohen. O médico contou que a mulher tinha a saúde frágil e o delegado afirmou que vai ouvir médicos e psicólogos que cuidaram de Elaine.
G1 São Paulo
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