Governador Eduardo Campos em entrevista a Assis Ramalho
Foto: Tonho Moura
Depois de passar sete anos, três meses e quatro dias como governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) entrega o cargo na próxima sexta-feira, dia 4, para o vice, João Lyra Neto (PSB). A semana que se inicia neste domingo é a última de Eduardo como governador e a primeira na qual ele começa a dar passos largos - sem estar no cargo - para tentar chegar ao Palácio do Planalto. Ele é o primeiro pernambucano a entrar nessa disputa com a trajetória política toda construída no estado. O ex-presidente Lula nasceu em Garanhuns, no Agreste estadual, mas a sua formação política foi de São Paulo. A terra natal do senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), outro presidenciável, também é Garanhuns, mas ele tem domicílio eleitoral no Amapá.
A carga de visitas ao interior reforça o início de sua primeira campanha, ainda em 2006, cujo mote era do "Sertão ao Cais", pelo fato de ele (então deputado federal e ex-ministro da Ciência e Tecnologia) ser mais conhecido nas cidades do interior que na capital, naquela época dominada pelo Partido dos Trabalhadores.
Entre uma agenda e outra, Eduardo Campos também foi convidado para participar, na noite desta segunda-feira, de um jantar com deputados estaduais e desembargadores. O evento será realizado no Spettus, a convite do presidente da Assembleia Legislativa e do presidente do Tribunal de Justiça, Frederico Ricardo de Almeida, num esforço para mostrar sua boa relação com os outros dois poderes.
Segundo o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, um dos principais nomes de confiança do governador, Eduardo também deve dar atenção especial aos de 50 anos da ditadura militar, assinando um decreto, mas o secretário não antecipou os detalhes. "Nós temos um elenco de obras para ser inauguradas e o tempo é curto para cumprir tudo em tão pouco tempo", afirmou Tadeu.
Fonte: Diário de Pewrnambuco
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