A nomeação dos novos policiais vem em um momento em que a Polícia Civil realiza a Operação Padrão, deflagrada na última sexta-feira (7). Um grupo de policiais protestou durante a solenidade para cobrar um posicionamento do governo em relação às reivindicações da categoria.
Os nomeados passaram por três meses de curso de formação. A nomeação deve ser publicada no Diário Oficial do Estado da próxima quarta-feira (12). A assessoria de imprensa do governo do estado explicou que a nomeação apressada se deu em virtude da urgência em solucionar o problema da segurança pública de Alagoas.
Devem assumir os cargos imediatamente 240 agentes, 120 escrivães e 40 delegados. "Eles começam a trabalhar de imediato, ou seja, vão estar na ativa inclusive no carnaval", diz Teotonio Vilela.
Após a solenidade de formatura e nomeação dos novos policiais, o governador se reuniu com representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e ouviu as reivindicações da categoria. Segundo o vice-presidente do Sindpol, José Edeílton, ficou agenda uma reunião com o secretário da Gestão Pública, Alexandre Lages, e com o secretário da Defesa Social, Eduardo Tavares, na sexta-feira (13) e uma audiência com o governo do estado para a próxima semana. Enquanto isso, a Operação Padrão continua.
Reivindicações
Assim como fizeram os policiais militares, os civis querem a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídio (PCCS). De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas, Josimar Melo, por unanimidade, a categoria decidiu iniciar a operação.
Eles querem o mesmo tratamento dado para a Polícia Militar. "Queremos que o governador tenha respeito com a categoria dos policiais civis. Queremos a implantação do PCCS. Como o governador não apresentou nenhuma negociação, vamos dificultar a execução de algumas atividades", diz Melo ao fazer referência à medida adotada pela Polícia Militar para negociar com o governador.
Sobre o PCCS, o presidente do sindicato diz que muitos policias estão deixando suas funções porque não são valorizados. "Com o plano, a cada cinco anos, o policial teria um acrescimento de 15%, e se ele fizer pós-graduação, mestrado ou doutorado também teria o aumento de 15% (para cada graduação) a cada cinco anos. Do último concurso, que foi em 2002, saíram mais de 400 policias porque não são valorizados", diz o presidente ao reforçar que o processo esta parado desde 2011 na Secretaria de Gestão Pública.
G1 AL