sexta-feira, janeiro 31, 2014

Três vereadores de Caruaru são considerados foragidos. Um deles se escondeu no matagal para despistar policiais


Três dos cinco vereadores com mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Criminal do município ainda não foram localizados pela Polícia Civil. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (30), o delegado Erick Lessa explicou que os vereadores são investigados por suspeita de corrupção ativa, passiva e organização criminosa.

Segundo o delegado, os vereadores Evandro Silva, Neto e Val de Cachoeira Seca pagaram aos vereadores Val das Rendeiras e Jadiel Nascimento para que eles assinassem o requerimento para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que iria investigar possíveis irregularidades apontadas em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).

A Operação Ponto Final 2 contou com a participação de 30 policiais civis e todo o processo de investigação, segundo o delegado Erick Lessa, foi iniciado em setembro do ano passado para apurar denúncias de “compra e venda de assinaturas para abertura de CPI”. Lessa ainda afirmou que apesar dos vereadores Neto, Val e Jadiel Nascimento estarem foragidos, os advogados deles já tomaram conhecimento do inquérito policial.

Dois vereadores foram presos na tarde desta quarta-feira (29) após o início da Operação Ponto Final 2. Evandro Silva (PMDB) e Val das Rendeiras (PROS) foram presos e encaminhados à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. Policiais permanecem em diligências para prender os outros três legisladores, são eles: Val (DEM), Neto (PMN) e Jadiel Nascimento (PROS), todos já considerados foragidos pela polícia.

De acordo com o delegado Erich Lessa, o vereador Val de Cachoeira Seca (DEM) não conseguiu ser preso porque se escondeu em um matagal. “Ele se embrenhou no mato e os policiais não conseguiram capturar”, disse. Populares também teriam danificado o veículo do vereador após descobrirem do que se tratava.

Todos os cinco vereadores já haviam sido presos e liberados durante investigações da primeira Operação Ponto Final, deflagrada no início da manhã do dia 18 de dezembro do ano passado. Ao todo, eles e outros cinco parlamentares da Capital do Agreste foram presos por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões, para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.

Fonte: Blog de Jamildo