Tadeu Alencar, Paulo Câmara, João Lyra Neto e Fernando Bezerra Coelho
são os nomes da bolsa de apostas
Dizem auxiliares próximos a Eduardo Cmapos que Tadeu Alencar não tem uma trajetória ligada ao partido, é muito ligado a setores empresariais ao invés de ter construído uma “relação com o povo” e que não agregará apoios à sua candidatura. “Eduardo já deu motivo forte para a coesão da oposição a ele. Com Tadeu, ele vai dar motivo à cisão do grupo dele. Reforçar o adversário e dividir as forças é rasgar o manual”, afirmou um eduardista em reserva. Por outro lado, pesam a favor do secretário o apoio de deputados estaduais e de vários prefeitos, além da família do governador. Tadeu Alencar também mantém boa relação com os movimentos sociais. Recentemente, por exemplo, o governador recuou da extinção da Secretaria de Direitos Humanos após uma reunião do secretário com integrantes dos movimentos.
Eduardo Campos iria apresentar o nome do escolhido antes do lançamento de sua candidatura presidencial, prevista para meados de fevereiro, mas já analisa mudar seu cronograma porque não tem encontrado condições favoráveis dentro do próprio partido. O governador ainda não abriu as conversas com os aliados, mas já pediu a “emissários” para sondar os ânimos das lideranças partidárias. As discussões com os partidos da base de sustentação do governo só deverão ocorrer depois que o PSB estiver “pacificado”.
Integrantes do PSB não descartam a possibilidade de formar consenso – caso Tadeu não seja o escolhido. De todos os nomes postos, os que têm mais chances de unir o partido são o vice-governador João Lyra Neto, o secretário Paulo Câmara e o do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho. O primeiro porque seria o caminho natural, já que estará no comando do governo por nove meses e concorreria à reeleição. Embora Bezerra Coelho seja o que mais se movimenta pelo estado e tem o perfil político para levar a campanha sem a presença constante de Eduardo Campos no estado, ele estaria na dependência do cenário que será montado pela oposição. Suas chances crescem se o PT decidir lançar candidatura própria ao governo e não apostar numa aliança com o PTB, que terá o senador Armando Monteiro Neto como candidato. Já Paulo Câmara é apontado como um técnico comprometido com a gestão e ligado ao núcleo duro.
Os nomes dos secretários Antonio Figueira (Saúde), Danilo Cabral (Cidades) e Milton Coelho (Governo) estão no páreo, mas há quem diga que estão descartados. Os três devem mesmo disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Por Andreia Pinheiro do Diário de Pernambuco
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