Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que uma tinta, para ser registrada no país para fins de tatuagem ou dermopigmentação, precisa atender à legislação vigente, que exige que a empresa tenha boas práticas de fabricação. Isso significa comprovar a segurança e a eficácia do produto.
“A empresa faz testes durante o processo de fabricação, controlados por um sistema de qualidade. Para dar entrada no processo de registro, ela tem que apresentar toda a documentação que comprove a realização desses testes. É preciso comprovar que o produto é seguro e eficaz. Se tudo estiver de acordo, ele pode ser liberado com número de registro, e a empresa pode comercializar.”
Os testes, de acordo com Pedrosa, seguem normas nacionais e internacionais e verificam, entre outros, a toxicidade e a biocompatibilidade do produto. A tinta para tatuagem que é vendida sem ter passado por toda essa verificação corre o risco de estar contaminada com bactérias e fungos e pode desencadear uma reação alérgica leve ou grave, podendo causar a morte.
“Pode levar também à indução de um câncer. Há uma série de complicações às quais a população fica sujeita em decorrência do uso de um produto ilegal”, acrescentou.
A orientação para quem quer fazer uma tatuagem, segundo ele, é verificar se o produto oferecido pelo estúdio tem registro na Anvisa. Em seguida, é preciso ter certeza de que o registro é válido, acessando o site da agência. Isso porque, no caso de produtos piratas, muitas vezes, o registro utilizado na embalagem é falso.
Para o tatuador Erik Pazioline, outra estratégia importante a ser adotada por quem quer fazer uma tatuagem é verificar se o estúdio tem alvará de funcionamento e se está com as licenças sanitárias em dia. “E se informar com o tatuador sobre o material que ele usa”, disse. “[Em casos de tintas irregulares], o que mais acontece são alergias, uma infecção ou uma inflamação, que são muito sérias. Não é o certo. É perigoso. Tem que usar sempre a tinta legalizada”, concluiu.
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