Em Petrolina, cerca de quinze vans ficavam à disposição todos os dias para transportar a produção e equipamento. Já em Paulo Afonso, a equipe ficou abrigada no Raso da Catarina onde foram necessários três tratores e 16 carros para levar toda a produção e elenco ao local, além de dois helicópteros usados para gravar as cenas de ação
Em sua primeira semana de exibição, "Amores Roubados" já deu o que falar entre o público, não só pelas cenas quentes quanto pela qualidade da trama, atuações e até mesmo a trilha sonora. Mas o que a maioria das pessoas não sabe é que por trás desse belo resultado há um trabalho minucioso nos bastidores. Desde a casa dos personagens até as tatuagens de Antonia (Isis Valverde), muita coisa foi elaborada, desenvolvida e construída. Confira em nossa galeria imagens de vários momentos da equipe e elenco do outro lado das câmeras e abaixo alguns detalhes e números da produção da minissérie.
Foram três meses de trabalho de uma equipe formada por cerca de 120 pessoas, que rodou 250 mil quilômetros entre todas as locações que deram vida a essa história. Dentre elas, as cidades de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro e Paulo Afonso, na Bahia. Lá, aproximadamente 70% das gravações foram feitas em locações externas que dão vida ao lugar fictício chamado "Sertão". Do Rio de Janeiro, foram enviados sete caminhões com figurino, arte, cenografia e maquinários, para montar toda a estrutura necessária aos sets de gravação.
Em Petrolina, cerca de quinze vans ficavam à disposição todos os dias para transportar a produção e equipamento. Já em Paulo Afonso, a equipe ficou abrigada no Raso da Catarina, uma ecorregião com com 3.000 quilômetros quadrados incluindo rochas e cânions. Para tal, foram necessários três tratores e 16 carros 4x4 para levar toda a produção e elenco ao local, além de dois helicópteros usados para gravar as cenas de ação.
Uma das maiores festas da trama foi gravada em três dias, no Junco do Salitre, que fica a 13 quilômetros de Juazeiro. A cena contou com 450 figurantes - todos moradores locais, além do elenco da minissérie. Para animar toda essa gente, a dupla de emboladores pernambucanos Castanha e Caju fez uma participação especial, trazendo a música e alegria da região, ajudando assim a passar mais veracidade.
Caracterizaçãoda série teve de usar água termal
No calor do sertão nordestino não há quem não fique suado e mesmo com tantas cenas gravadas ao ar livre, ainda assim a equipe de caraterização da série teve de usar água termal, borrifador, óleo, glicerina e esponjas especiais para simular gotas de suor nos atores, misturadas às gotas autênticas. Efeitos de maquiagem como dentes amarelados, unhas encardidas, cabelos ensebados e tatuagens, demandaram uma profissional especializada que integrou a equipe.
Isis Valverde, por exemplo, tinha as unhas pintadas com esmalte ligeiramente desgastado para dar vida a Antonia. Além disso, as muitas tatuagens espalhadas pelo corpo da persongem foram desenvolvidas pelo departamento de efeitos especiais da TV Globo, que teve o cuidado de elaborar diversos tons de preto, para parecer que foram feitas em diferentes fases da vida da jovem. No total foram mais de 150 decalques criados, entre plumas, flechas, uma mandala e a rosa dos ventos. E para viver um homem exposto ao sol da região do rio São Francisco, Murilo Benício usou dez unidades de um produto importado resistente ao calor para criar pequenas pintas e manchas adicionas em sua pele.
Arte e Cenografia
A equipe construiu a casa de Jaime (Murilo Benício), Isabel (Patrícia Pillar) e Antônia, em Petrolina, a partir de uma estrutura básica já existente. Porém o deque, espelhos d'água e uma sala com cerca de 200 m² revestida com 56 portas vazadas foram criados com material novo e importado. Além disso, o cenário também foi reproduzido nos estúdios do Projac, assim como a casa de Leandro (Cauã Reymond), que a princípio foi construída em pedra e tijolo de barro no sertão nordestino. Toneladas de pedras foram trazidas de lá para montar a residência do protagonista em seu material original. Para as cenas de estúdio foram trazidos também 15 metros de cerca montada com árvores secas e uma amburana, elementos característicos da região sertaneja.
Não foi simples desenvolver o material da fictícia da vinícula Vieira, ambientada numa vinícola verdadeira, a Santa Maria/Rio Sol, em Lagoa Grande. A logo da empresa foi criada por Moa Batsow, produtor de arte, e integrou o set, estampada no local e em mais de 6.000 caixas e 5.000 rótulos dos vinhos, que tiveram suas garrafas também produzidas para as gravações da minissérie, ainda com suas respectivas cápsulas e rolhas. A Mangobras, empresa de Cavalcanti (Osmar Prado) também deu trabaho: foram 2.000 caixas para comportar cerca de 10.000 mangas, cada uma adesivada com a logo da marca.
Por Samyta Nunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.