Sistema de irrigação permite que agricultores produzam o ano inteiro mesmo com a seca
O método de irrigação localizada (gotejamento e microaspersão) utilizado no perímetro de Mandacaru, no semiárido baiano, é o mais eficiente por proporcionar economia de água da ordem de 90 a 95%. O sistema implantado manteve as características originais de uso comum, porém foram implantados em cada lote um reservatório e uma bomba para a pressurização dos emissores.
Rodrigo Franco Vieira, engenheiro agrônomo da 6ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Juazeiro, na Bahia, e um dos responsáveis pela metodologia criada, afirma que a conversão dos sistemas de irrigação em perímetros públicos é aplicável em qualquer lugar.
“No caso do gotejamento, a água é distribuída por meio de pequenos orifícios componentes das mangueiras diretamente para a zona radicular. Já no uso da microaspersão, pequenos emissores a aspergem em áreas restritas, ou seja, restringindo o bulbo molhado e aumentando a eficiência de aplicação e de absorção de fertilizantes”, explica.
Além da economia no consumo de água, a irrigação localizada possui outros benefícios, como por exemplo, a diminuição dos impactos ambientais, por meio do uso racional dos recursos naturais, sobretudo água e solo; redução dos riscos de salinização do terreno e o combate ao transporte de fertilizantes e agrotóxicos para o leito do rio São Francisco.
O secretário nacional de Irrigação (Senir), Miguel Ivan, apoia a iniciativa. “A irrigação permite o uso de diversas técnicas, que devem estar condizentes com os diferentes tipos de cultura e solo. E a equipe da SENIR deve estar atenta para apoiar as iniciativas que fazem o uso adequado destes diferentes métodos”.
O Ministério da Integração aprovou o modelo de irrigação localizada e autorizou recursos para implantar a metodologia nos perímetros de Bebedouro em Pernambuco, Tourão, Curaçá e Maniçoba na Bahia.
Deuzival Saraiva, casado, pai de dois filhos e irrigante em Mandacaru há dezoito anos, utiliza o método por gotejamento em sua produção de melão e cebola o ano inteiro. “Há quase três anos que trabalho com a técnica de gotejamento. Melhorou em tudo, a qualidade dos produtos, a produção dobrou e reduziu mais de 70% o consumo de água”, comemora.
Mandacaru
O perímetro irrigado Mandacaru é composto por área irrigada total de quase 800 hectares, sendo que 419 são irrigáveis e distribuídos em 54 lotes para pequenos produtores; e 350 hectares, para empresas. A tradição de culturas no perímetro é de manga, cebola, melão e cana de açúcar. No ano passado o valor bruto da produção ultrapassou R$ 9,03 milhões.
Dados do Distrito comprovam que os índices de produtividade cresceram. A depender da cultura, como o melão, por exemplo, houve aumento de até 400%. A cebola de 200%. Para a manga há estimativas de 25%. Segundo o acompanhamento mensal, houve economia de aproximadamente 50% do total de água.
Dados do Distrito comprovam que os índices de produtividade cresceram. A depender da cultura, como o melão, por exemplo, houve aumento de até 400%. A cebola de 200%. Para a manga há estimativas de 25%. Segundo o acompanhamento mensal, houve economia de aproximadamente 50% do total de água.
Prêmios nacionais
A mudança no sistema de irrigação realizada no perímetro Mandacaru recebeu o prêmio ECO 2009 (promoção da Amcham e do Jornal Valor Econômico), na categoria Sustentabilidade em Novos Projetos, atribuído pela primeira vez ao Nordeste; e o Selo Ouro, concedido em 2011 pela organização não-governamental Ecolmeia, de São Paulo. Além disso, ele foi classificado em 4º lugar no Prêmio ANA 2012, entre 286 inscritos.
A experiência de conversão do sistema de irrigação do Mandacaru também foi apresentada no Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, realizada no Rio de Janeiro em 2012. E este ano foi um dos finalistas do prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013, entre 1.100 inscritos.
A mudança no sistema de irrigação realizada no perímetro Mandacaru recebeu o prêmio ECO 2009 (promoção da Amcham e do Jornal Valor Econômico), na categoria Sustentabilidade em Novos Projetos, atribuído pela primeira vez ao Nordeste; e o Selo Ouro, concedido em 2011 pela organização não-governamental Ecolmeia, de São Paulo. Além disso, ele foi classificado em 4º lugar no Prêmio ANA 2012, entre 286 inscritos.
A experiência de conversão do sistema de irrigação do Mandacaru também foi apresentada no Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, realizada no Rio de Janeiro em 2012. E este ano foi um dos finalistas do prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013, entre 1.100 inscritos.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Integração Nacional
Ministério da Integração Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.