Adenilson Ângelo com a esposa, Ângela Maria de Queiroz
(Foto: Adenilson dos Santos/Arquivo Pessoal)
Segundo ele, após a cirurgia, Ângela Maria de Queiroz começou a reclamar de fortes dores no peito. no dia seguinte à operação, a mulher acordou vomitando, além de estar com dificuldades para respirar. “Ela entrou no balão de oxigênio e daí em diante só foi piorando. Já não conseguia manter a respiração como era para manter”, disse.
Com o estado de saúde grave, ela foi encaminhada para fazer exames em uma clínica particular de Cascavel, também no oeste do estado. Como os resultados não apontaram a necessidade de ela ser transferida para uma UTI, a paciente retornou por volta das 20h ao hospital de Nova Aurora, onde acabou morrendo às 2h da madrugada da última sexta-feira.
Com três filhos, de 2, 5 e 15 anos de idade, Santos contou que a mulher falava em fazer o procedimento há dois anos e que tinha boas recomendações do médico que a operou. “Ela ouvia comentários. A gente achava que era um médico bom, que era preparado. Ela foi umas três vezes falar com o médico e ele sempre falava que ela ia sair de lá muito mais bonita, que era para ficar sossegada”, afirmou.
Agora, Santos está com os filhos em Formosa do Oeste, onde residem os familiares. Ele disse que está sendo difícil e que as crianças sentem a falta da mãe. “Ela era muito especial. Não só para mim, mas para toda a família. A minha mãe tinha ela como filha”, recordou emocionado.
De acordo com ele, um advogado já foi contratado pela família, com o objetivo de processar o hospital. “Se eu tivesse poder, colocava todos na cadeia”, disse.
Hospital fala em fatalidade
A cirurgia foi realizada no Hospital Dr. Aurélio Regazzo. Procurado pela reportagem, o advogado da unidade de saúde, Rogério Petronilho, disse que foram adotados todos os procedimentos e condutas que o caso da paciente demandava. Além disso, após ser constatada a gravidade do caso, a mulher foi encaminhada a uma clínica de Cascavel e, em exames, não foi constatado que era necessário encaminhá-la a uma UTI. “Ela foi levada em uma UTI móvel até Cascavel. Ela realizou todos os exames necessários, o que apresentaram desnecessidade de internamento na UTI”, afirmou.
Sobre o médico que realizou o procedimento ter ido embora e deixado a paciente, Petronilho diz que isso é normal, já que a mulher ficou aos cuidados do restante da equipe médica, que faz o acompanhamento pós-operatório. “A paciente, em nenhum momento, ficou desassistida. Os membros da sua equipe ficam dando assistência à paciente. Então, a cirurgia transcorreu dentro da normalidade, sem nenhuma intercorrência. (...) É uma fatalidade. Uma coisa lamentável”, disse. Segundo ele, o médico já realizou mais de 3 mil cirurgias ao longo da carreira.
Fonte: G1 PR
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.