sexta-feira, dezembro 06, 2013

É preciso criar a "cultura da retidão" contra a "cultura da corrupção", diz Leonardo Boff em congresso


A formação do caráter nacional e a corrupção sob o enfoque histórico, filosófico e humanista foi o tema da palestra do teólogo Leonardo Boff no XXVII Congresso dos Tribunais de Contas do Brasil. Prestigiaram a palestra dele, pelo TCE-PE, além dos conselheiros, os auditores substitutos Ruy Ricardo, Luiz Arcoverde Filho, Carlos Pimentel, Ricardo Rios, Adriano Cisneiros e Marcos Flávio.

Ele fez referência ao fato de o Brasil ter caído três posições no "ranking" dos países mais corruptos do mundo divulgado na última terça-feira pela ONG Transparência Internacional. Segundo ele, o caráter do brasileiro é marcado pela corrupção, que historicamente está incutida em nossa sociedade. "O ser humano é um ser naturalmente falível, que vive dividido entre o certo e o errado, entre luz e a sombra. E a corrupção se aproveita das fraquezas humanas para se instalar", comentou.

Por isso, acrescentou. "É preciso criar a cultura da retidão contra a cultura da corrupção. Não há um mundo sem corrupção, isso é irreal. O que podemos é criar normas e leis que dificultem esses atos. É necessário flexibilizar a legislação porque a vida é mais importante que a lei e esta deve ser interpretada sempre em favor do bem comum", declarou o teólogo, para quem a corrupção está ligada a "três deuses" que comandam a humanidade: o poder, o dinheiro e a sexualidade.

TCE-PE - Gerência de Jornalismo (GEJO) / Diário Oficial de Pernambuco, 06/12/13

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