Trata-se de uma alteração no padrão de chuvas ocorridas na Terra, fazendo com que áreas secas registrem menos precipitações e tornem-se ainda mais áridas e que áreas propensas a inundações recebam ainda mais água.
A reportagem é publicada por EcoDebate, 05-12-2013.
Segundo um estudo conduzido por cientistas do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, nos Estados Unidos, a mudança tem relação apenas com a atividade humana e não estaria ocorrendo devido a causas naturais.
O estudo é destaque no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os pesquisadores dizem que as emissões de gases nocivos à atmosfera afetam a distribuição das chuvas de duas formas: tornando, pelo aumento da temperatura, mais extremas as condições de áreas secas e bem irrigadas; e alterando padrões de circulação atmosférica que empurram tempestades e zonas de clima subtropical árido rumo aos polos do planeta.
Culpa do homem
Para chegar à conclusão, o time liderado pela pesquisadora Céline Bonfils, que assina o estudo, comparou modelos de previsão climática com dados do Global Precipitation Climatology Project (em período abrangendo de 1979 a 2012), permitindo garantir que variáveis climáticas naturais como os fenômenos El Niño e La Niña não exercem influência sobre essa desorganização do padrão de chuvas no mundo.
"A combinação de gases que acarretam em efeito estufa e a destruição da camada de ozônio em nossa atmosfera são as prováveis causas da intensificação de chuvas e sua redistribuição no planeta", diz Céline na divulgação do estudo.
"O fato de identificarmos em nossas observações a atuação simultânea desses dois agentes é uma forte evidência de que o homem está alterando o padrão global de chuvas", alerta.
Fonte: IHU On Line
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