Com o tema A responsabilidade social dos Juizados Especiais, o evento foi realizado pela primeira vez em Pernambuco. A primeira proposta apresentada pela promotora de Justiça tem como alvo a inexistência de registro da ficha de notificação compulsória do Ministério da Saúde. O Fenaje acolheu a proposta do MPPE e recomendou que os juízes comuniquem à Secretaria Municipal de Saúde para fins do art. 19 do Estatuto do Idoso e art. 13 da Lei 8.069/1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente, os casos em que pessoas idosas ou com deficiência, ou ainda crianças e adolescentes, figurem como vítimas.
A segunda proposta tem como base a previsão do art. 5º, caput da Constituição Federal e art. 3º e 10º da lei 10.741/2003, que determina ser obrigação de toda sociedade e do Poder Público assegurar os direitos do idoso. Assim, a recomendação é para que o juízo cientifique a existência de processos criminais envolvendo pessoas com deficiência e idosos às Secretarias Municipais de Saúde e de Assistência Social, integrantes da rede de proteção a tais sujeitos.
“A aprovação dessas duas propostas representa uma vitória para o Ministério Público de Pernambuco e para a população idosa, já que no Fórum Nacional dos Juizados Especiais apenas os juízes têm direito a voto. Apresentei as teses e elas foram aprovadas por unanimidade”, comemora a promotora de Justiça Yélena Monteiro.
O juiz Júnior Florentino, que foi o coordenador do grupo dos Juizados Criminais, explicou como funciona o envio das propostas. “O Fonaje é um fórum nacional de juízes, onde são lançadas algumas propostas para orientar os magistrados sobre algumas práticas. As propostas podem ser apresentadas por juízes, promotores de Justiça e advogados. É aberto aos profissionais do Direito, no entanto, as propostas devem ser aprovadas por um grupo para depois passar para a plenária”, disse. No caso da proposta apresentada pelo MPPE, a promotora de Justiça teve a oportunidade de defender sua tese. “A tese da promotora Yélena Monteiro foi analisada e referendada pelo grupo de juízes”, explicou.
Ministério Público de Pernambuco
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