“Por não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália”, disse. Na noite de ontem, a Polícia Federal esteve no prédio onde Pizzolato morava, mas não o encontrou.
Segundo apurou o Broadcast, Pizzolato teria fugido do país por terra, por Pedro Juan Caballero, no Paraguai, há 45 dias. De lá, foi para a Itália, onde tentará um passar por um novo julgamento. O delegado de plantão na Polícia Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Nogueira, comentou que essa deve ser “uma nota falsa” porque familiares de Pizzolato informaram à Polícia Federal que ele iria se apresentar até o meio-dia deste sábado.
O advogado do ex-diretor do BB, Marthius Sávio Lobato, teria chegado a fazer um acordo para a apresentação dele à polícia. Segundo Nogueira, caso se confirme que Pizzolato está na Itália, o Brasil deverá entrar com um pedido formal de extradição junto àquele país e aguardar todo o trâmite legal.
Na avaliação pessoal do delegado, haveria grandes chances de o governo italiano negar o pedido em função do processo do ex-ativista italiano Cesare Battisti, cujo pedido de extradição foi negado pelo Brasil.
Na nota, Pizzolato reclamou do tratamento recebido pela Justiça brasileira. Ele foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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