
Os concursos cujas autorizações já foram publicadas no Diário Oficial da União têm, no máximo, seis meses para lançar o edital. Por causa da eleição, todas as homologações e contratações precisam ser feitas até agosto. Isso porque a legislação exige que as nomeações fiquem congeladas entre 90 dias antes do pleito e a posse dos eleitos, em janeiro de 2015. Se a confirmação do certame acontecer antes desse período, no entanto, as convocações dos selecionados podem ocorrer mesmo durante o congelamento, segundo o ministério.
Um dos fundadores da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), o professor Ernani Pimentel explica que, na última eleição presidencial, também houve essa concentração de certames logo no início do ano. “Com a grande necessidade de funcionários da União, não há como não contratar”, pontuou. “Mas é necessário ponderar que é possível que alguns órgãos, apesar da urgência, acabem deixando para preencher os postos posteriormente por causa de outros critérios”, completou.
A assessoria de comunicação do Planejamento informou que, em 2010, foram autorizadas 29,6 mil vagas em concursos, sendo 23,8 mil no primeiro semestre e 5,8 mil no na segunda metade do ano. A pasta ressaltou que a concentração de seleções nos primeiros seis meses do ano eleitoral é comum, mas ressalta que não costuma permitir muitos certames para o Executivo de uma única vez.
Impacto
Apesar de o Projeto da Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2014 prever 47 mil novos postos — 42.353 cargos vagos e 4.759 para substituir funcionários terceirizados —, Pimentel explica que, quase sempre, o número efetivo de vagas abertas costuma ser bem maior. Segundo ele, a estimativa é de que pelo menos 60 mil chances sejam autorizadas para o ano que vem. “A rigor, todas as previsões têm falhado muito”, disse.
Para lidar com tantas novas oportunidades, porém, o governo vai ter de apertar o orçamento. O Ploa estima que as quase 50 mil vagas previstas gerem um acréscimo de R$ 2,3 bilhões nas despesas com pessoal. Vale lembrar que, em 2015, ainda será acrescido ao salário dessas pessoas a última parcela de 5% do reajuste que foi acordado com o Planalto. Ainda são aguardados no ano que vem os certames do Ministério da Fazenda, da Receita Federal, da Polícia Federal e do Ministério da Educação.
Fonte: Diario de Pernambuco
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