segunda-feira, outubro 07, 2013

Vergonha: Milho estocado causa prejuízo a criadores de animais em Pernambuco

13 mil toneladas, equivalentes a 217 mil sacas, seguiram para polos de distribuição em Garanhuns, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Floresta, Ouricuri e Petrolina. Mas o produto ainda chegou às mãos dos criadores por uma questão burocrática: a falta de uma assinatura que regulamente a venda.

Milhares de produtores rurais de Pernambuco estão tendo prejuízo porque não estão conseguindo comprar milho mais barato para alimentar os animais. Eles conquistaram esse direito em julho, por meio de um programa do Governo Federal, mas por uma questão burocrática, a venda do produto a preços menores está suspensa. Enquanto isso, 13 mil toneladas de milho estão estocadas em diversos armazéns no interior do estado.

Vinte e cinco mil toneladas de milho para ajudar a aplacar a fome dos animais castigados pela seca chegaram ao Recife de navio em julho. O produto foi estocado no galpão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, e 13 mil toneladas, equivalente a 217 mil sacas, seguiram para polos de distribuição em Garanhuns, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Floresta, Ouricuri e Petrolina.

Só que o alimento ainda não pode chegar às mãos dos criadores por uma questão burocrática: a falta de uma assinatura que regulamente a venda. "É a portaria 497, que regula o preço e a isenção do ICMS do milho para o produtor", explicou o presidente da Ceasa, Romero Pontual.

Ele seria vendido a preços mais baixos a 33 mil produtores rurais cadastrados. O preço do milho enviado pela Conab é R$ 18,20 para quem compra até três mil quilos por mês. Para o produtor que compra mais, o valor é R$ 21. No mercado, um saco de milho não sai por menos de R$ 35.

Os produtores rurais estão ansiosos. "Esse milho estava nos ajudando a baratear o custo da ração para tentar segurar o resto do rebanho. A bacia leiteira está só com 40% do rebanho. Todo mundo está sofrendo com a falta do milho, e o pior é chegar no armazém, ver ele cheio e não poder comprar", lamentou o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Pernambuco, Saulo Malta.

G1 PE

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