Um outro eleitor ligou para se certificar de que era o Tribunal que havia feito a ligação. A partir daí descobrimos que se tratava de golpe”, explica a coordenadora da revisão de cadastro biométrico do Tribunal Regional Eleitoral do Recife (TRE-PE), Raquel Salazar.
Segundo Raquel, o primeiro golpe foi o do email, seguido do telefonema e da visita às casas. Por email, o eleitor é “convocado” a atualizar os dados através de um cadastro. Caso não preencha, o aviso da mensagem alerta que ele pode correr o risco de ter o título cancelado.
“O único email que enviamos ao eleitor é para lembrá-lo sobre a data da biometria. Este email do eleitor nós coletamos na hora em que ele faz o agendamento pelo site”, esclarece a coordenadora.
Já por telefone, os golpistas pedem os números da identidade (RG), do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e outras informações. Em alguns casos, até o endereço da residência é solicitado e os falsos agentes podem visitar o eleitor com a justificativa de fazer a revisão.
“Desconfiei quando ligaram pedindo os números do CPF e RG, mas mesmo assim forneci. Só quando pediram meu endereço achei que a ligação era estranha”, disse a comerciante Maria Teresa.
A coordenadora alerta que a Justiça Eleitoral não vai à casa dos eleitores para fazer a revisão, porque são os eleitores que devem comparecer aos postos para fazê-lo. Segundo ela, “o máximo que o tribunal eleitoral pode fazer para se aproximar do eleitor é promover uma ação itinerante, como as que vêm sendo feitas aos sábados em postos de alguns municípios para agilizar o processo da biometria”.
Nos últimos quatro meses, o TRE-PE recebeu 10 reclamações sobre o golpe. Mas, segundo a coordenadoria de cadastro biométrico, a quantidade foi suficiente para preocupar o tribunal. Para evitar os golpes, o TRE-PE tomou a providência de colocar um alerta na página http://www.tre-pe.jus.br/ .
“Quando o golpe começou, há quatro meses, a situação era bem pior, mas agora, depois do aviso no site, tem diminuído as reclamações”, frisa Raquel.
O eleitor que for vítima do golpe deve procurar a polícia e fazer um Boletim de Ocorrência (BO). O TRE-PE frisa que não autoriza agentes ir à casa dos eleitores, não faz o recadastramento biométrico por meio de telefone ou email nem autoriza nenhuma outra instituição ou parceiro a fazê-lo em seu nome.
Diario de Pernambuco
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