Mais de 70 mil pessoas que habitam as cidades de Ibimirim e Petrolândia, no Sertão do Moxotó pernambucano, além de outros três mil índios da etnia Kambiwá espalhados em sete tribos ao longo do árduo e marrom caminho, perdido a 400 quilômetros do Recife. Trafegar pela via incomoda, constrange.
Em caminhões pau-de-arara, as crianças se agasalham, protegem braços e cabelos na tentativa de não chegar cobertas de poeira à única escola disponível, em Ibimirim. As meninas são as que mais se incomodam. O constrangimento é evidente. Parecem seres estranhos, completamente agasalhados, contrastando com o sol a pino do Sertão pernambucano, ainda mais castigante em tempos de seca forte.
Mas é a única opção. Seguir viagem no pau-de-arara pela estrada de terra batida para ter acesso à educação. Engolir poeira, literalmente. Nada podem fazer se a BR-110 tem mil quilômetros pavimentados no Nordeste, mas exatamente no trecho entre Ibimirim e Petrolândia permanece esquecida. A rodovia da vergonha tem atualmente quase 80 quilômetros de terra batida, mato e lixo. Quem passa por ela se impressiona. Duvida que esteja numa BR. Acredita estar em mais uma ligação vicinal, daquelas que unem o nada a lugar algum.
A pavimentação da BR-110 encurtaria os caminhos de muitos. Mas não, é de terra e continuará assim por um bom tempo. Os prejuízos para quem depende dela são muitos. A ausência de pavimento isola a população. Sem estrada, sem transporte, sem desenvolvimento. Sofrem todos. Quem mora nas cidades e quem está no meio do caminho.
“Temos muitas dificuldades para escoar nossa produção. Vivemos basicamente da agricultura e não temos como escoá-la. Poderíamos estar vendendo para cidades como Salvador e Aracaju, mas a inexistência de estradas impede. Vivemos a esperar. A BR-110 continua sendo sonho”, José Alberes da Silva, de Ibimirim.
Fonte: Jornal do Commercio
Mas é a única opção. Seguir viagem no pau-de-arara pela estrada de terra batida para ter acesso à educação. Engolir poeira, literalmente. Nada podem fazer se a BR-110 tem mil quilômetros pavimentados no Nordeste, mas exatamente no trecho entre Ibimirim e Petrolândia permanece esquecida. A rodovia da vergonha tem atualmente quase 80 quilômetros de terra batida, mato e lixo. Quem passa por ela se impressiona. Duvida que esteja numa BR. Acredita estar em mais uma ligação vicinal, daquelas que unem o nada a lugar algum.
A pavimentação da BR-110 encurtaria os caminhos de muitos. Mas não, é de terra e continuará assim por um bom tempo. Os prejuízos para quem depende dela são muitos. A ausência de pavimento isola a população. Sem estrada, sem transporte, sem desenvolvimento. Sofrem todos. Quem mora nas cidades e quem está no meio do caminho.
“Temos muitas dificuldades para escoar nossa produção. Vivemos basicamente da agricultura e não temos como escoá-la. Poderíamos estar vendendo para cidades como Salvador e Aracaju, mas a inexistência de estradas impede. Vivemos a esperar. A BR-110 continua sendo sonho”, José Alberes da Silva, de Ibimirim.
ME LEMBRO QUE NOS ANOS 80 (REGIME MILITAR) FOI LIBERADA VERBA PARA ASFALTO. CREIO QUE TODOS GOVERNO DA REGIÃO RECEBERAM DINHEIRO FEDERAL DESSA ESTRADA E DESVIARAM TODAS AS VEZES.
ResponderExcluirSE TIVESSE UM POLÍTICO LOCAL OU MINISTÉRIO PÚBLICO INTERESSADO EM RESOLVER, SERIA FÁCIL, POIS TODOS PRESIDENTES LIBERARAM VERBA PARA ESSA OBRA.
ResponderExcluirExcelente texto!
ResponderExcluirPelo visto não é apenas a rodovia BR 110, que interliga as cidades de Ibimirim e Petrolândia, que permanece abandonada por vários Governos que passaram por Brasília, inclusive o desastrado Temer, que está prestes a deixar o Governo Federal, ainda bem que não irá tentar a reeleição.
ResponderExcluirNo Sertão do Pajeú, a rodovia PE-275, no trecho do Ambó – passando pela cidade de Brejinho – até o limite de Teixeira, na Paraíba, está totalmente abandonada e esburacada. Com as chuvas das últimas semanas, a rodovia se tornou mais insegura e perigosa para os motoristas que trafegam nessa localidade.