Na noite do último sábado (31), um oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco entregou ao Jornal do Commercio, ao Diario de Pernambuco e à TV Clube uma decisão que proíbe os jornais de citar o nome de deputado estadual pernambucano cuja filha é investigada por supostamente ter participado de um esquema de tráfico de influência.
Entenda o caso aqui> OAB-PE aponta censura à imprensa pernambucana
Presidente da Assembleia aciona Justiça para censurar jornais em PE
A liminar concedida pelo juiz Sebastião de Siqueira Sousa no último sábado (31) atinge o apresentador Josley Cardinot, da TV Clube, o "Diário de Pernambuco" e o "Jornal do Commercio".
O magistrado entendeu que não há prova de participação direta do presidente da Assembleia no suposto episódio de tráfico de influência para favorecer o casal, que conseguiu a guarda provisória da menina.
"Tratando-se de homem público, detentor de cargo importante no poder Legislativo estadual, não há dúvida que tal imputação de tráfico de influência causa-lhe dano irreparável à imagem", afirmou o juiz na decisão.
A corregedoria da Justiça pernambucana apura irregularidades na conduta da juíza Andréa Calado, que está julgando a ação. Segundo o Ministério Público, há indícios de que a juíza tenha favorecido o casal no processo de guarda provisória.
De acordo com a liminar, os veículos de comunicação têm que pagar multa de R$ 50 mil se citarem Uchoa, que preside a Casa desde 2007, quando seu aliado, o governador Eduardo Campos (PSB), assumiu o Executivo.
As empresas vão recorrer da decisão. "Presidente do Legislativo, ex-juiz, ex-desembargador e parece que não conhece a Constituição porque ela nos permite liberdade de expressão. Não se concebe mais esse tipo de comportamento", afirmou o diretor de redação do "Jornal do Commercio", Ivanildo Sampaio.
Procurados por meio de suas assessorias de imprensa, Uchoa e a juíza Andrea Calado não se manifestaram. A reportagem não conseguiu contato com Giovana Uchoa nesta segunda-feira (2).
O episódio repercute também no jornal Folha de S. Paulo, que publicou a seguinte reportagem de Daniel Carvalho, na noite de ontem (02).
Presidente da Assembleia aciona Justiça para censurar jornais em PE
Dois jornais e uma emissora de TV de Pernambuco estão proibidos de citar o nome e usar a imagem do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Guilherme Uchoa (PDT), em reportagens sobre suposto tráfico de influência envolvendo sua filha, a advogada Giovana Uchoa.
A determinação da Justiça estadual atendeu a um pedido do próprio Uchoa.
O Ministério Público afirma que Giovana Uchoa procurou antecipadamente uma promotora para saber qual seria seu parecer no processo de adoção de uma menina por um casal amigo. Ao abordar a infração, a imprensa local tem citado o parentesco entre a advogada e o deputado.
A determinação da Justiça estadual atendeu a um pedido do próprio Uchoa.
O Ministério Público afirma que Giovana Uchoa procurou antecipadamente uma promotora para saber qual seria seu parecer no processo de adoção de uma menina por um casal amigo. Ao abordar a infração, a imprensa local tem citado o parentesco entre a advogada e o deputado.
A liminar concedida pelo juiz Sebastião de Siqueira Sousa no último sábado (31) atinge o apresentador Josley Cardinot, da TV Clube, o "Diário de Pernambuco" e o "Jornal do Commercio".
O magistrado entendeu que não há prova de participação direta do presidente da Assembleia no suposto episódio de tráfico de influência para favorecer o casal, que conseguiu a guarda provisória da menina.
"Tratando-se de homem público, detentor de cargo importante no poder Legislativo estadual, não há dúvida que tal imputação de tráfico de influência causa-lhe dano irreparável à imagem", afirmou o juiz na decisão.
A corregedoria da Justiça pernambucana apura irregularidades na conduta da juíza Andréa Calado, que está julgando a ação. Segundo o Ministério Público, há indícios de que a juíza tenha favorecido o casal no processo de guarda provisória.
De acordo com a liminar, os veículos de comunicação têm que pagar multa de R$ 50 mil se citarem Uchoa, que preside a Casa desde 2007, quando seu aliado, o governador Eduardo Campos (PSB), assumiu o Executivo.
As empresas vão recorrer da decisão. "Presidente do Legislativo, ex-juiz, ex-desembargador e parece que não conhece a Constituição porque ela nos permite liberdade de expressão. Não se concebe mais esse tipo de comportamento", afirmou o diretor de redação do "Jornal do Commercio", Ivanildo Sampaio.
Procurados por meio de suas assessorias de imprensa, Uchoa e a juíza Andrea Calado não se manifestaram. A reportagem não conseguiu contato com Giovana Uchoa nesta segunda-feira (2).
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fontes: Portal NE10, Blog do Jamildo e Folha de S. Paulo
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