A informação foi divulgada hoje (12) pelo diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. O custo adicional deve-se ao fato de o custo da energia termelétrica (a gás e a óleo) ser mais alto do que o de outras fontes. A previsão é que as usinas sejam mantidas pelo menos até o final deste mês.
“Nós propomos manter até setembro, porque este é um mês de maior intensidade de queimada. Enquanto houver a possibilidade de foco de calor que possa repetir um evento dessa natureza, a gente vai propor que se opere suportando contingência dupla. Em termos de encargos, se for só o mês de setembro, deve adicionar R$ 200 milhões a serem pagos pelo consumidor”, disse Chipp.
O diretor do ONS também defendeu a expansão da contingência dupla (N-2) para garantir uma maior segurança do sistema em caso de problemas no país. O sistema hoje é de contingência única (N-1). O N-2 está sendo fase de implantação em Brasília.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que a contingência dupla aumenta também os custos da transmissão da energia elétrica. Por isso, é preciso avaliar onde é necessário fazer isso. Há outras opções para aumentar a segurança do sistema, segundo ele, como aumentar a possibilidade de isolar os problemas e evitar grandes efeitos cascatas nos blecautes.
Agência Brasil
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