O comitê será coordenado pela diretoria de Gestão de Fundos e Incentivos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e contará com a participação de outros ministérios ligados ao setor, representantes industriais, produtores de cana-de-açúcar, trabalhadores e dos bancos federais responsáveis pelo financiamento do setor. Na ocasião, Bezerra Coelho destacou a importância social desse segmento econômico ligado à tradição industrial nordestina e estabeleceu o prazo de seis meses para obter elementos que subsidiem a formulação de políticas públicas para o setor. “Queremos apontar um novo caminho e um novo momento para a indústria sucroenergética do Nordeste”, disse.
Em seu discurso na abertura do evento, o ministro ofereceu detalhes da estratégia que pretende orientar o trabalho do grupo. “Primeiro, queremos um diagnóstico setorial e territorial, capaz de estabelecer um novo patamar para a atividade na área”, afirmou. O comitê também deverá definir um plano de reestruturação produtiva e gerencial das empresas e seu saneamento financeiro.
“Nós não vamos ter receio de falar disso. Os empreendimentos do setor precisam dispor de um mecanismo de saneamento financeiro, com recursos do FNE e do FDNE”, analisou Bezerra Coelho. Com empresas saneadas, haveria suporte para a renegociação de dívidas bancárias e previdenciárias.
Além das medidas reestruturantes - com possível abertura do capital das antigas empresas, elaboração de planos de investimentos e outros mecanismos capazes de modificar o panorama dessas empresas -, o ministro anunciou que o Banco do Brasil possui linhas de crédito, em caráter emergencial, para a concessão de novos financiamentos a indústrias da região. Os novos recursos seriam utilizados para que as empresas cumpram compromissos e deem início a nova safra que se aproxima.
O setor sucroalcoleiro no Nordeste - que encontra nos estados de Alagoas e Pernambuco seus maiores produtores - é responsável pelo emprego de 300 mil pessoas e a mobilização de 25 mil produtores de cana-de-açúcar, que fornecem para 77 unidades industriais. A crise vivida pelas indústrias produtoras de etanol e açúcar, com a grande variação nos preços internacionais das commodities, provocou o fechamento de algumas empresas. Em pequenas cidades da Zona da Mata em Alagoas e Pernambuco, a desativação de uma usina tem repercussão em todas as atividades econômicas do entorno e na depreciação dos indicadores sociais.
Ministério da Integração Nacional
Assessoria de Comunicação Social
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