A mudança não agradou aos delegados, opinião revelada pelo titular da DP de Jaboatão, Igor Leite, em seu perfil no Facebook. O post foi publicado na terça-feira (3) e já tem mais de 200 curtidas e 130 compartilhamentos, além de diversos comentários que questionam o plano de segurança pública do Estado. “O Pacto é pela vida. Mas pela vida de quem? Vida política, talvez...”, completou Leite. Para ele, a redução prejudica o funcionamento da área onde atua porque o trabalho de apenas dois policiais não é suficiente para atender à demanda da população. “Temos que nos limitar a certas ocorrências e, às vezes, deixar de prestar socorro a outra”, revelou.
As reduções chegaram até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prioridade no Pacto pela Vida. A Força-Tarefa perdeu uma equipe nos plantões semanais e agora conta com apenas três grupos para investigar os homicídios ocorridos no Grande Recife entre segunda e sexta-feira. Segundo o coordenador do setor, Walcir Martins, a diminuição do efetivo não tem prejudicado o trabalho do DHPP, mas pode sobrecarregar os policiais.
Já para o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, a mudança não põe em risco a segurança da população. “Diminuimos a criminalidade, por isso os policiais têm menos crimes para apurar. Não houve redução no número de agentes, apenas o remanejamento para áreas prioritárias. Acreditamos que essas delegacias podem funcionar perfeitamente com quatro policiais (delegado, escrivão e dois agentes). Se houver necessidade de reforço, é só acionar o Ciods que nós enviamos a Polícia Militar”, garantiu.
Segundo Damázio, Jaboatão apresentou redução de 44% no número de homicídios desde a criação do Pacto pela Vida, em maio de 2007. A queda foi de 58% no Recife e de 37% em todo o Estado.
A notícia completa está na edição impressa do Jornal do Commercio desta sexta-feira (6).
Fonte: Jornal do Commercio
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