Os pesquisadores de cinco universidades federais do Nordeste participaram de uma expedição pelo Rio São Francisco e identificaram os problemas do local.
“Com o nosso olhar técnico vamos observar os impactos ambientais que estão sendo provocados, principalmente neste período de seca”, observa Avanir Torres, professora da Universidade Federal de Pernambuco.
Segundo os pesquisadores, entre os estados de Sergipe e Alagoas situação está mais complicada. A areia das margens é depositada no fundo do rio, que vai ficando cada vez mais raso, sendo possível caminhar.“Ele não tem condições de contrapor mais. Geralmente o rio alcançava até 12 km. Nós temos um mar que é dentro do rio”, analisa Luís Carlos, professor da UFS.
Os pescadores alegam que por conta da situação do ‘Velho Chico’ acabam encontrando mais peixes de água salgada do que doce. “São os peixes do mar: carapeba, robalo”, observa o pescador José Silveira.
De acordo com o ambientalista Carlos Eduardo Ribeiro a situação pede um posicionamento. “Nós temos que escolher entre ficar assim e o rio se acabar ou optamos em deixar o rio vivo”, alerta.
O resultado dos trabalhos serão apresentados a ANA (Agência Nacional das Águas) e ao Comitê da Bacia São Francisco, que são os órgãos que irão analisar os dados coletados.
G1 SE
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