O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou neste sábado que decidiu realizar uma intervenção militar na Síria em retaliação ao ataque químico que ocorreu no subúrbio de Damasco no último dia 21. Entretanto, ele também decidiu que pedirá autorização do Congresso para fazê-lo.
No pronunciamento feito nos jardins da Casa Branca, ao lado do vice, Joe Biden, Obama destacou que a ação terá escopo e duração limitados e não incluirá o envio de tropas.
O americano passou toda a manhã reunido com conselheiros de segurança nacional, incluindo o secretário de Estado americano, John Kerry, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, entre outros conselheiros da Casa Branca relacionados com o assunto.
Eles ainda participariam de telefonemas com senadores democratas e republicanos, no que o jornal "New York Times" vê como uma tentativa de legitimar a ação -ainda que sem submetê-la a uma votação no Capitólio.
INSPEÇÃO
Neste sábado, a equipe de inspetores da ONU que estava na Síria visitando mais de dez locais onde teriam ocorrido ataques químicos deixou o país. Eles saíram em um comboio de veículos rumo ao Líbano, de onde embarcaram em um avião do governo alemão rumo a Roterdã, na Holanda.
O exame dos materiais que foram coletados será feito em Haia, também na Holanda, com a ajuda de vários laboratórios. Conforme a ONU, providências estão sendo tomadas para tentar acelerar a análise, mas não há cronograma específico. Especialistas afirmam que um relatório final poderá demorar até duas semanas mais.
Países como o Reino Unido querem esperar pela análise final da ONU sobre a ocorrência de ataques químicos antes de decidir sobre uma ação militar no país. Foi com base nesse argumento, inclusive, que o Parlamento britânico impôs uma humilhante derrota ao premiê David Cameron anteontem (29), rejeitando aval para a intervenção.
Entretanto, conforme seu mandato, a ONU determinará se houve ou não uso de armas químicas, mas não tratará da autoria dos ataques.
Outras dezenas de funcionários da ONU também deixaram a Síria neste sábado. A cautela quanto à região se estendeu também ao Líbano, de onde vários países ordenaram que seus cidadãos se retirassem, por causa da sensação de que um ataque militar é iminente.
Folha de S. Paulo
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