terça-feira, agosto 13, 2013

Ministro Fernando Bezerra Coelho quer funcionar como ponte para que Eduardo Campos seja o segundo candidato da base governista

 
Ministro nega que pretende deixar o PSB. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press 

A escolha do candidato à sucessão do governador Eduardo Campos nas eleições de 2014 em Pernambuco pelo PSB é um “palpite” que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, diz que ninguém pode arriscar. Cotado como um dos nomes fortes dentro da legenda para assumir a tarefa, ele apenas coloca a mão no bolso da camisa para defender sua tese. “O que muita gente está pensando pode não acontecer: ele (Eduardo) tirar um nome simplesmente daqui (do bolso), tirar um técnico e pronto. Existe todo um conjunto de variáveis a ser avaliado e que envolve, também, a capacidade de gestão e de articulação política, mas este não é o ano que isso está sendo discutido ainda”, declarou, ontem, em visita aos Diários Associados no Nordeste, onde foi recebido pelo presidente Joezil Barros. A declaração pode soar como uma resposta às especulações de que seu nome teria sido “rifado” pelo governador antes mesmo do início das negociações em torno de um candidato de consenso da Frente Popular.



Aliás, quando o assunto é 2014, o ministro coloca o governador no centro de todas as possibilidades. “Eduardo, por ser o grande eleitor de Pernambuco, tem de fato a possibilidade da candidatura à Presidência da República. Então as coisas no estado só se darão concluídas quando for definido como o PSB fará o jogo nacional”, enfatiza, destacando que, caso embarque num eleição presidencial, o partido deverá encontrar uma disputa mais equilibrada no estado, com chapas e candidaturas mais fortes contra o governo.

Apesar de evitar o assunto, pessoas próximas a Bezerra dizem que ele pretende se colocar como ponte entre a presidente Dilma  e Eduardo para viabilizar que o socialista dispute o pleito como um segundo postulante da base governista. Ao ser questionado sobre a popularidade da presidente, o ministro disse acreditar na recuperação dela até as eleições de 2014. “A avaliação é que ela vai continuar se recuperando. Eu acho que até o fim do ano ela vai ter uns 45% de aprovação”.

FBC nega saída do partido:


Depois do anúncio de que vários diretórios estaduais do PSB devem declarar apoio ao projeto nacional de Eduardo Campos, como aconteceu no último fim de semana em São Paulo, alguns setores da legenda já defendem a entrega de cargos ocupados na máquina do governo federal um ano antes das eleições de 2014. O ministro diz que discorda da posição e segue o rumo do presidente do seu partido, o governador de Pernambuco. “A orientação é continuar ajudando o governo da presidente Dilma. A recomendação do PSB é para tratar 2014 em 2014. É um debate que a gente tem que respeitar mas não é a posição do partido”, completou.

Fernando Bezerra também negou a informação de que desejaria sair do PSB para ingressar no PT e disputar a eleição ao governo do estado com o apoio do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. “Eu já cansei de negar isso, quanto mais nego, parece que alimenta mais”. Pessoas próximas ao ministro dizem que a informação partiu de lideranças do próprio PSB e não do PT, como foi especulado. Por não querer antecipar o debate eleitoral e os trâmites de 2014 na legenda, o ministro teria enfrentado problemas de convivência com o do líder do PSB na Câmara Federal, Beto Albuquerque (RS), e o presidente estadual do partido em São Paulo, Márcio França.

Diário de Pernambuco

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