sexta-feira, julho 12, 2013

Democracia Brasileira: No Uruguai, Dilma condena bloqueio de estradas no Dia Nacional de Lutas. Em Petrolândia, procurador-geral do MPPE diz que é a favor, desde que sejam atos pacíficos

Dilma Rousseff disse ao desembarcar no Uruguai, que manifestações como as que ocorreram durante protestos das centrais sindicais não podem interromper estradas.
Em entrevista à reportagem do Blog de Assis Ramalho, o procurador-geral do Ministério Público do Estado de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon, disse que é a favor das manifestação, desde que seja pacífica, como aconteceu em Petrolândia. ''É um direito que os trabalhadores têm, que é o de reivindicar, e todas as reivindicações pacíficas o Ministério Público apoia", disse.

A presidente Dilma Rousseff disse, na noite desta última quinta-feira (11), ao desembarcar no Uruguai, que manifestações como as que ocorreram durante protestos das centrais sindicais não podem interromper estradas.

Nesta quinta-feira (11), pelo menos 156 cidades de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal tiveram protestos. Durante todo o dia, mais de 80 trechos de rodovias em 18 estados foram parcial ou totalmente bloqueadas por manifestantes. No Uruguai, a presidente Dilma condenou os atos.

“Eu considero que em qualquer manifestação onde haja interrupção de rodovias e que se tenha atos de violências, eles (os responsáveis) têm que ser condenados. O direito de ir e vir é fundamental, é democrático. Ninguém pode manifestar-se interrompendo estradas”, afirmou a presidente em Montevidéu.

Em Petrolândia, sertão de Itaparica, em Pernambuco, o MST  interditou nesta quinta-feira (11) a BR-316, no trevo de acesso à cidade, paralisando o trânsito na rodovia em um ato pacífico.

Uma das vítimas da paralisação do trânsito na BR foi o procurador-geral do Ministério Público do Estado de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon de Barros, que se dirigia a Petrolândia para participar de audiência pública do Projeto Ministério Público nas Ruas.

Em conversa com a reportagem do Blog de Assis Ramalho, o procurador afirmou que aceitou pacificamente e não se identificou nem pediu abertura do bloqueio, pois é a favor das manifestações populares, desde que sejam pacíficas.

''É um direito que os trabalhadores tem, que é o de reivindicar, e todas as reivindicações pacíficas o Ministério Público apoia.  Eu esperei que o movimento parasse para poder vir, porque eu não ia furar o bloqueio de jeito nenhum. Ministério Público não fura bloqueio de trabalhadores."

A reportagem do Blog de Assis Ramalho perguntou ao procurador se ele não teria se identificado para ter facilidade de furar o bloqueio.

"Não dei carteirada e nem mandei polícia determinar que eu furasse o bloqueio porque o trabalhador precisa ser respeitado e ter os seus direitos. E uma coisa importante que eu observei é que eles (MST) estavam permitindo que as ambulâncias passassem, e isso me deixou tranquilo, porque o direito de greve é fundamental, é importante e necessário, mas que também se respeite o direito daquele que busca a vida, através de uma ambulância e um tratamento médico. E é isso que se deve respeitar, ter critérios quando acontecerem as paralisações e bloqueios. Então, eu parabenizo a todos os trabalhadores no dia de hoje se fizerem os movimentos de forma pacífica, porque eu sou contra os vândalos", finalizou'.

Da Redação do Blog de Assis Ramalho

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