Ex-prefeito Traipu diz que testemunha mentiu para
ter delação premiada. (Foto: Derek Gustavo/G1)
ter delação premiada. (Foto: Derek Gustavo/G1)
O ex-prefeito de Traipu (AL), Marcos Santos, que foi preso na madrugada desta quarta-feira (24) suspeito de envolvimento na morte do secretário de Turismo, José Valter Matos Palmeira, em maio de 2012, alega que sua prisão não passa de um “golpe orquestrado por adversários políticos”. Ao sair da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), onde prestou depoimento, ele disse que a testemunha que o apontou como mandante do crime só fez isso porque recebeu delação premiada da polícia.
Santos foi preso por agentes da Deic, no bairro da Jatiúca, em Maceió. Ele foi levado para a sede da Deic, que funciona na Delegacia Geral da Polícia Civil, em Jacarecica. Segundo a polícia, as investigações apontaram o ex-prefeito como mandante do assassinato.
O ex-prefeito saiu da delegacia levado por agentes do Tático Integrado (Tigre). Antes de ser colocado na viatura, ele falou com a imprensa e negou ter envolvimento com o crime. “Tudo não passa de um golpe político armado pela atual prefeita e pela promotora Karla Padilha. Estou pagando por algo que não fiz”, declarou.
Santos também falou que a polícia prometeu a testemunha que o acusou que ela teria delação premiada. “Falaram que ele teria redução da pena de 30 para dois anos. E, com isso, ele disse que fui eu, mas eu sou inocente, o verdadeiro culpado vai aparecer”, disse.
A esposa do ex-prefeito, Juliana dos Santos, disse que sabe o nome de quem tem interesse em prejudicar seu marido. “Na hora certa esses nomes vão vir a tona”, falou.
A polícia chegou ao nome do ex-prefeito depois que o suspeito de ser o autor material do crime, Erivan Alves dos Santos, 40, foi preso na cidade de São Paulo, última quinta-feira (18), na em uma favela do bairro do Tremembé, durante operação da Polícia Civil de Alagoas com o apoio da polícia paulista.
Segundo a polícia, Erivan foi ouvido, assumiu a autoria material e apontou o ex-prefeito como mandante do crime.
O advogado de Erivan, Manoel Passos, também esteve na sede da Deic na manhã desta quarta. Ele falou que ainda precisava ter acesso ao processo para poder falar alguma coisa. “Me ative a vir aqui para ter acesso ao inquérito. O que eu sei é que ele (Erivan) prestou depoimento lá em São Paulo e aqui”, falou.
Passos disse ainda que seu cliente não apontou ninguém no crime e que não confessou ser o autor dos disparos que mataram o secretário.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: G1 AL
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