Custódia(PE): Filhos teriam encomendado assassinato do pai por pensão, diz polícia

Uma pensão de R$ 678,00, o valor do salário mínimo, e um terreno são os motivos apontados por uma investigação da Polícia para que dois filhos, um adolescente de 15 anos e um maior, José Robson de Gois Rodrigues, 21, tenham mandado dois adolescentes de aproximadamente 16 anos matarem o pai, o agricultor Cosmo Rodrigues dos Santos, 47. O crime ocorreu no município de Custódia, a 340 quilômetros do Recife, no Sertão do Moxotó.

A Polícia conseguiu prender José Robson, e apreender seu irmão, os dois adolescentes que participaram do assassinato e um terceiro que escondeu a arma, um revólver. Segundo a agente de Polícia Fábia Muniz, tudo teria começado quando a mãe de Robson José morreu, há cerca de um ano e meio, deixando uma herança que incluía um terreno de valor não informado no sítio Velha Chica, na zona rural de Custódia.

Após a morte, o filho adolescente passou a receber a pensão de um salário mínimo. Há quatro meses, o pai, que era separado da mãe, regressou de São Paulo e teria reivindicado sua parte e isso seria a motivação que levou os filhos a encomendarem sua morte. “As investigações levaram a essa conclusão por causa de um capacete deixado na cena do crime”, explicou Fábia Muniz.

O assassinato ocorreu na quinta-feira à noite. Dois adolescentes foram ao local onde residia Cosmo Rodrigues, no mesmo sítio Velha Chica onde teria direito a parte de um terreno. Ao encontrá-lo, o carona desferiu cerca de cinco tiros. O agricultor foi morto aparentemente com um tiro, mas o corpo foi encaminhado para exame.

Na fuga, os dois adolescentes deixaram um capacete, que segundo a Polícia pertence a Robson José e permitiu a elucidação do crime. Todos os envolvidos acabaram confessando o crime. O filho adolescente e os outros três envolvidos apreendidos permanecerão na Delegacia de Custódia aguardando pronunciamento da Promotoria. No final da noite Robson José aguardava encaminhamento para a cadeia pública de Custódia.

Da Redação do Blog de Assis Ramalho

Fonte: Diário de Pernambuco