Em nota à imprensa, o Crea ressaltou que o terreno, de 1,7 milhão de metros quadrados, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, pretende transformar em bairro, está situado em uma área de mangue e, por isso, fica sujeito a alagamentos, se não for devidamente estruturado e preparado para receber edificações. Segundo o conselho, o que ocorreu com o terreno com as chuvas da semana passada foi "apenas uma amostra" do que poderá ocorrer no futuro se não houver planejamento adequado e não for criada uma infraestrutura de engenharia capaz de suportar redes de drenagem, de água, de esgoto, ruas e construção de casas.
O Crea destaca que é necessário "um projeto estrutural, um projeto executivo" e uma avaliação bem feita dos custos, "para ver se o investimento compensa os riscos futuros”. A nota do Conselho de Engenharia lembra episódios recentes, como o dos prédios que foram construídos em um terreno frágil em Niterói, na região metropolitana do Rio, que acabaram destruídos antes de ser ocupados pelos moradores, porque não tiveram projetos adequados.
“Construir em áreas de mangue e terrenos argilosos exige altos custos e investimentos. Portanto, há que se levar em consideração a questão custo e benefício”, destacou o Crea. Na nota, o conselho diz que está à disposição das autoridades municipais e estaduais e da sociedade, em geral, para dar a contribuição que for necessária ao processo.
Agência Brasil
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