A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) começa a chamar a partir desta semana, cerca de 150 pessoas que foram classificadas no último concurso da estatal realizado em 2012. “Essas pessoas devem ser contratadas até o final do ano”, diz o presidente da estatal, João Bosco Almeida. Além desse grupo, a empresa planeja contratar mais 150 pessoas entre janeiro e junho de 2014. No total, serão contratados 300 profissionais.
O último concurso da empresa foi realizado para preencher 62 postos de trabalho e formar um cadastro de reserva. Desse total, somente 25 foram chamados e uma parte deles está em processo de contratação.
Agora, a empresa começou a chamar os que passaram no concurso porque concluiu na última quarta-feira um Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), no qual devem ser desligados cerca de 1.400 funcionários. “Quem aderiu ao programa será desligado. E aí vão sair profissionais de setores que precisam ser repostos, como os operadores de subestação, aqueles que fazem a manutenção, entre outros”, cita Bosco.
Só este mês, serão desligados 140 funcionários da Chesf que aderiram ao PIDV. Embora 1.400 servidores tenham ingressado no plano, a empresa ainda não tem o número exato de quantos serão desligados, porque aqueles que fizeram a adesão no último dia 10 têm um prazo de 15 dias para confirmar a decisão. De todos que aderiram ao PIDV, 200 ainda têm de fazer a confirmação oficial. O programa abriu as inscrições no dia 10 de junho.
Mesmo com as novas contratações, a Chesf vai fazer uma economia de R$ 240 milhões por ano com a folha de pessoal. Isso ocorre porque o número de desligados é maior do que os que serão contratados e também porque os salários daqueles a serem contratados são menores do que os que saíram.
Maior empresa do Nordeste, a estatal começou a esboçar um plano de redução de custos depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) divulgou que faria um corte, inicialmente de 20%, no preço da energia para todos os brasileiros em setembro de 2012.
Sobrou para a Chesf. A redução do preço da energia fez a estatal perder ativos no valor que seriam recebidos até o fim das concessões das suas hidrelétricas, o que ocorreria em 2015. Como contrapartida, o governo federal renovou as concessões das hidrelétricas da estatal por 30 anos.
A estatal teve uma perda de 56% nas suas receitas, pois passou a vender energia mais barata, o que resultou numa perda de faturamento cerca de R$ 3 bilhões anuais. “Além dos cortes de despesas, vamos fazer um esforço de gestão para melhorar a eficiência e a rentabilidade da empresa”, resume Bosco.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Jornal do Commercio
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