A iniciativa faz parte de um pacote de medidas adotadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, depois do tumulto que se seguiu à antecipação de pagamentos do Bolsa Família pela Caixa Econômica Federal, em maio, quando milhares de beneficiários assustados com boatos sobre o fim do programa lotaram agências do banco num sábado e num domingo.
A decisão de exigir o número do celular no CadÚnico foi informada pela ministra Tereza Campello. Segundo ela, uma instrução nesse sentido será repassada a todas as prefeituras do país. Atualmente, o cadastro contém um campo destinado ao número de telefone do beneficiário, mas o preenchimento não é obrigatório.
Tereza explicou que as prefeituras são orientadas, hoje, a atualizar dados como endereço, número de filhos e renda a cada dois anos. O número de telefone, porém, não faz parte dessa lista de atualização. A expectativa da ministra é que demore dois anos até que o CadÚnico passe a ter os números dos celulares de todos beneficiários que possuem aparelho.
Para Tereza, a comunicação por torpedos não será útil apenas em casos de emergências, mas também para alertar as famílias em caso de baixa frequência escolar dos filhos ou da proximidade do prazo de atualização cadastral.
Em junho, o ministério e a Caixa criaram um sistema de monitoramento do volume de saques para prevenir novos tumultos. O serviço 0800 de informações telefônicas do ministério também passou a funcionar nos sábados e domingos, no período de pagamento.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Jornal O Globo
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