A população cresce e as glebas de solos disponíveis para produção agropecuária geralmente são repartidas ao serem repassadas de uma geração para outra. Petrolândia, há cerca de três séculos, quando do seu surgimento (Fazenda Brejinho), pertencia a uma única pessoa. Hoje, as glebas de terra estão cada vez menores e número de pessoas dependentes do mesmo espaço cada vez maior.
A produção pecuária extensiva encontra-se em processo de extinção, pois, os "campos de áreas comuns" não comportam mais esse tipo de pecuária. Será cada vez mais necessário produzir mais em menos espaço. Assim, a produção integrada de alimentos para o pequeno agricultor é mais que uma alternativa, é uma questão de sobrevivência. É preciso trabalhar atividades complementares em um mesmo espaço.
Vejamos um pequeno exemplo de produção integrada. A água vai para o viveiro em que se cria o peixe - a água que sai do viveiro "fertilizada" vai para irrigação do milho - a palha do milho vai para engorda de animais - o esterco dos animais vai para adubação do plantio e também para o viveiro de peixe, formando um ciclo sustentável produtivo.
Precisamos repensar nosso sistema produtivo. Estamos iniciando essa diversificação com a piscicultura, pois nessa atividade, "tendo água", dois hectares de terra são suficientes para que uma família tire seu sustento. Já para a produção de caprinos, ovinos e bovinos de forma extensiva, dez vezes mais área do que isso ainda é pouco.
Enquanto muitos reclamam da falta de oportunidades, temos muitas áreas inexploradas ou subexploradas nas margens do Lago de Itaparica. Desse modo, a solução passa muito mais pelo melhor aproveitamento das áreas já instaladas do que pela instalação de novas áreas.
Artigo de Marcos Rogério Viana, Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Petrolândia
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
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