"Nenhuma manifestação teve discurso" - Elio Gaspari, jornalista - Correio do Povo, 23-06-2013.
Peculiaridade 2
"Qualquer comparação com o movimento das multidões destes dias com as da campanha das Diretas-Já, dos anos 80, tem um vício de origem. Nas Diretas os governadores oposicionistas do Rio e de São Paulo cacifaram a infraestrutura dos comícios, com metrôs grátis, palanques, som e até mesmo ônibus. Agora, pelo menos na mobilização, a Viúva não gastou um ceitil" - Elio Gaspari, jornalista - Correio do Povo, 23-06-2013.
Peculiaridade 3
"A rua de 2013 não teve celebridades" - Elio Gaspari, jornalista - Correio do Povo, 23-06-2013.
“Ninguém previu a erupção do movimento. Quem pretender prever seu futuro é um temerário” - José Murilo de Carvalho, historiador e membro da ABL – O Globo, 23-06-2013.
Nunca antes
“Nunca antes na História deste país houve manifestação de protesto tão ampla e espontânea como a que estamos presenciando” - José Murilo de Carvalho, historiador e membro da ABL – O Globo, 23-06-2013.
Instabilidade
“Visto que os atuais grupos dirigentes são absolutamente incapazes de mudar o modelo, o futuro próximo é de trajetória de instabilidade” - Reinaldo Gonçalves, professor de Economia Internacional – UFRJ – O Globo, 23-06-2013.
Conciliação das elites
“No Brasil, o fracasso da conciliação das elites e das reforminhas faz com que os grupos dirigentes apelem para o uso ativo do aparelho repressivo do Estado com o objetivo de conter a revolta social” - Reinaldo Gonçalves, professor de Economia Internacional – UFRJ – O Globo, 23-06-2013.
Novo ciclo
“Um novo ciclo deve começar agora. Neste futuro próximo, o legado destes dias deve se manifestar em múltiplas ações voltadas para a busca de direitos específicos por meio de negociações descentralizadas” - Regina Novaes, cientista social – UFRJ – O Globo, 23-06-2013.
Reconhecimento
“Não adianta esperar ou torcer para que sejam superados ou acirrados os confrontos internos entre “os manifestantes”. Isso não vai acontecer. Cabe aos poderes públicos a iniciativa de (re)conhecer as múltiplas motivações e criar canais de diálogo para tratar as diferentes questões que foram trazidas para as ruas. Isso não quer dizer que a polícia não cumpra seu papel de proteger o patrimônio público” - Regina Novaes, cientista social – UFRJ –O Globo, 23-06-2013.
Fim
“É o fim da política moderna” – Michel Maffesoli, sociólogo – O Globo, 22-06-2013.
Racional x emocional
“Vemos que há uma saturação, um tipo de indiferença, esses jovens não se reconhecem mais num programa, num partido ou sindicato. Não é mais programático, mas, sim, emocional. A modernidade é racional, e a pós-modernidade é emocional. Com o que ocorre no Brasil temos uma boa ilustração disso” – Michel Maffesoli, sociólogo – O Globo, 22-06-2013.
Laboratório
“Vejo o Brasil como um laboratório da pós-modernidade” – Michel Maffesoli, sociólogo – O Globo, 22-06-2013.
Mudou tudo
“Não podemos tentar compreender o que está acontecendo hoje com base em teorias e classificações de 20, 30 anos atrás. A internet mudou tudo” – Ivar Alberto Hartmann, professor do Centro de Justiça e Sociedade da Fundação Getulio Vargas Direito Rio – Zero Hora, 23-06-2013.
Desconectado
“O Congresso mostrou a falta de conexão com os representados. Essa é a raiz da crise” – Francisco Carlos Teixeira da Silva, historiador da UFRJ – Zero Hora, 23-06-2013.
Ruas
“A rua faz o que o Congresso deveria fazer” – Pedro Simon, senador – PMDB-RS – Zero Hora, 23-06-2013.
Marqueteiro e Lula
“Fico preocupado quando a presidente precisa se reunir com o antecessor (Lula) e um marqueteiro (João Santana) para discutir os acontecimentos no Brasil” – Rodrigo Prando, sociólogo – Zero Hora, 23-06-2013.
Perigo
“Essa opção pela intolerância pode se tornar o caldo de cultura para o autoritarismo e o totalitarismo, a violência política. É perigoso. A intolerância, traduzida por esse sentimento antipartidário, antivoto e anti-instituições, é o pior que poderia acontecer. Minha preocupação não é nem explicar as causas. O que me preocupa é o desdobramento político, que está em aberto. E existe uma conotação fascista clara, que está na origem dos movimentos nazifascistas e termina em partido único, aquele que supostamente é dono da verdade, moralmente superior. Isso é muito ruim para a democracia” - Fabiano Santos, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Congresso – Zero Hora, 23-06-2013.
Extrema-direita
“Como jornalista, militante político de esquerda e cidadão, já firmei uma convicção a respeito do que está acontecendo. Uma multidão cuja direção (rumo) passou a ser atacar instituições públicas, sem representantes, sequestrada por grupos de extrema-direita, que rejeita partidos políticos e hostiliza manifestantes de esquerda, não só não me representa como passa a ser algo a ser combatido politicamente. Ou alguém acha que setores das forças armadas e da direita brasileira estão assistindo a tudo isso de braços cruzados?” – Marco Weissheimer, jornalista –Viomundo, 22-06-2013.
Conspiração
“Cresce entre os petistas a teoria conspiratória segundo a qual o apoio aos protestos é uma tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff” – Rosane de Oliveira, jornalista – Zero Hora, 23-06-2013.
Incógnita
“A oposição erra ao imaginar que os protestos só enfraquecem Dilma Rousseff: a crise de credibilidade atinge a todos os possíveis candidatos e torna a eleição de 2014 uma incógnita” – Rosane de Oliveira, jornalista – Zero Hora, 23-06-2013.
Copa 2014
"Todos estavam conscientes de que a Copa no Brasil não seria feita com a perfeição da Alemanha. Mas todos apostavam que seria divertida e que as festas seriam ótimas. Mas, agora, nem esse componente de festa existe" -operador de turismo no Rio, que pediu para não ser identificado – O Estado de S. Paulo, 23-06-2013.
Judeu não vende horário religioso
“Eu não vendo horário religioso. É contra o meu princípio. Judeu não deve alugar a televisão para os outros. Você não sabe que os judeus perderam tudo quando deixaram outras religiões entrarem em Israel? A história é essa. No dia em que os judeus começaram a deixar que outros deuses fossem homenageados em Israel, os babilônios foram lá e tiraram o templo e jogaram os judeus para fora. O judeu não pode deixar que na casa dele tenha outra religião. É por isso que não deixo nenhuma religião entrar no SBT” – Sílvio Santos, dono do SBT – Folha de S. Paulo, 23-06-2013.
Fonte: IHU - Instituto Humanitas Unisinos
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