Pátria de chuteiras
“O governo nos chama neste período de a Pátria de chuteiras, usando a frase de Nelson Rodrigues. Em 1970, criticávamos os generais por usarem o futebol, uma arte popular, a favor do governo. Escrevíamos panfletos lembrando que a ditadura nada tinha que ver com o talento dos jogadores. No final da Copa, no jogo contra a Itália, houve até quem tentasse - sem êxito, pois a emoção foi mais forte - torcer contra o Brasil. Algumas décadas depois, quem está usando o futebol a seu favor, associando-o à imagem do governo, explorando um talento que é uma dádiva nacional?” – Fernando Gabeira, jornalista – O Estado de S. Paulo, 07-06-2013.
Sequestro do futebol
“Curioso ver como os novos governantes cada vez mais se parecem com os antigos. Na escolha dos culpados de sempre, no sequestro do futebol e também na incômoda posição de quem se coloca como o indutor do progresso. Sua sobrevivência política depende mais do fechamento que da abertura da porta de saída, com o potencial de lançar milhares de novos atores do mundo do trabalho. Se fossem só um grupo de adolescentes, diria que estavam repetindo o que criticavam nos pais” – Fernando Gabeira, jornalista – O Estado de S. Paulo, 07-06-2013.
As embaixadas de Médici
“Após queimar as mãos com um pequeno instrumento musical, saiu inaugurando estádios, dando pontapés iniciais. Com todo respeito à segunda mulher mais poderosa do mundo, se todo mundo chutar como ela, a Pátria de chuteiras vai para o buraco, assim como iria se todos fizessem embaixadas como o general Médici em 1970. De lá para cá, o marketing dominou a política, melhorou os penteados, mas continua o mesmo: escondendo o verdadeiro jogo” – Fernando Gabeira, jornalista – O Estado de S. Paulo, 07-06-2013.
Tijuca (quase) em paz
"A UPP do Borel, na Tijuca, faz três anos amanhã. Uma comparação do primeiro trimestre de 2010 com o de 2013 mostra que o roubo de veículos na Grande Tijuca caiu 80%, o de celular, 70%, e o roubo a transeunte, 60%. Nestes três anos, 16 armas foram apreendidas. Nenhuma era fuzil" - Ancelmo Gois, jornalista - O Globo, 07-06-2013.
Papa pop
"Evangelina Himitian, a argentina autora de “A vida de Francisco — o Papa do povo”, lançado aqui pela Objetiva, foi a Roma entregar um exemplar ao Papa. Na saída, ganhou um beijo e um comentário bem-humorado: “Pode ir. Me deixa aqui com os leões.” – Fernando Gabeira, jornalista – O Estado de S. Paulo, 07-06-2013.
Dona Gramática!
"O senador Jayme Campos, do DEM de Mato Grosso, ao sabatinar o futuro ministro do STF, Luis Roberto Barroso, ontem, fez sérias agressões ao... português. Primeiro, disse que o governo está lavando as “mões” (ui, meu ouvido!) e arrematou falando de uma geração de “mindingos” (ai!)" – Fernando Gabeira, jornalista – O Estado de S. Paulo, 07-06-2013.
Cena carioca
"Duas meninas, de uns 10 anos de idade, usando uniforme de escola pública, conversavam, semana passada, na Av. Gilberto Amado, na Barra da Tijuca: "Cara, fulaninha é menor!" "Menor... menor nada! Ela já tem 8 anos na cara!" –Fernando Gabeira, jornalista – O Estado de S. Paulo, 07-06-2013.
Uma coisa leva à outra
"Periga a discussão sobre homofobia ficar em segundo plano nas sessões da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Ganham força por lá as conversas sobre a cura dos índios" - Tutty Vasques, humorista - O Estado de S. Paulo, 07-06-2013.
Fonte: IHU - Instituto Humanitas Unisinos
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