quarta-feira, maio 01, 2013

Petrolândia: Aprovada lei que dá nome de João Pereira Lima à Quadra da Orla e amigos relembram Bombom

Quadra Poliesportiva João Pereira Lima, na Orla Fluvial 
Leonardo e João, amigos do saudoso Bombom
Foto: Assis Ramalho

João Pereira Lima, servidor público de Petrolândia, faleceu há pouco mais de um mês, depois de enfrentar uma difícil batalha contra o câncer. Apaixonado por Futebol, torcedor do Grêmio (RS), Bombom fundou e presidiu o Grêmio Canoas de Petrolândia. Antes de partir, João Pereira Lima, morador da Vila dos Pescadores, transformou em realidade o seu sonho de colocar o Canoas na primeira divisão do futebol de Petrolândia.

Para honrar a memória dessa personalidade desportista, que muito contribuiu para divulgar o esporte numa comunidade carente, contribuiu para o desenvolvimento do esporte municipal e incentivou muitos jovens a seguir o caminho do esporte, a Câmara Municipal de Petrolândia aprovou, na reunião realizada em 24 de abril, o Projeto de Lei de autoria do vereador e presidente da Câmara, Fabiano Jaques Marques (PR), que dá o nome de Quadra Poliesportiva João Pereira Lima à quadra de esportes situada na Orla Fluvial da cidade.
A reportagem do Blog de Assis Ramalho ouviu depoimentos de duas pessoas que conviveram de perto com ele, que residiu na Vila dos Pescadores, João Claudino, o popular João Bocão, e Leonardo de França.

Para João Claudinho, "Bombom (João Pereira) era uma pessoa ligada ao esporte, mesmo sem entendimento (técnico). Humilde, era uma pessoa que fazia tudo pra estar perto do jogador, do esporte. Pra falar mal de Bombom é difícil. O jeito dele era esse, às vezes ele era ignorante, às vezes era calmo. O sonho dele era colocar o Canoas na primeira divisão do futebol municipal. Eu, como um dos mais velhos da equipe, já fazia cinco anos que eu jogava pelo Grêmio Canoas, e disse a ele: 'Olhe, Bombom, eu só vou sair do seu time quando eu colocar ele na primeira divisão'. Foi uma promessa que eu fiz pra ele. Dois anos a gente perdeu pro Palmeiras e em seguida (no ano seguinte) a gente conseguiu entrar pra primeira divisão. Então ele me disse: 'Se você quiser continuar no meu time, João, você é um dos cabeças, vai ser meu capitão o tempo todinho', mas eu disse 'não, o que eu prometi pro senhor eu fiz, mas deixe esses atletas que estão aí', e ele segurou, Assis, o time está seguro na primeira divisão. Na comunidade, ele era um líder, era o único que ajudava todo mundo e na hora da precisão tava ali. Até quando a gente chegava dos babas (peladas) e ia sair pra beber, ele não deixava, dizia que preferia ver a gente ali, perto dele. O futebol de Petrolândia perdeu 70%, porque pessoas ligadas ao futebol, igual a ele, eu acho que é difícil de encontrar. Mesmo sem condições ele segurava aquele time todinho." Acho que ele deve estar orgulhoso porque o time dele foi o único time a ser vice-campeão sem perder pra ninguém.

Leonardo também foi atleta do time de João Pereira Lima durante muito tempo. "Pra mim Bombom foi uma ótima pessoa, igualmente um pai pra mim, Assis. Foi uma perda muito grande que a gente teve. Dentro e fora de campo ele foi muito importante, mesmo que um pai pra mim. Ele não era amigo, ele era paizão. Ele e comadre Maria recebiam a gente muito bem. Igual a ele jamais vai aparecer outro."

Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Foto: Assis Ramalho e Lúcia Xavier

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