O Sertão não vai virar mar com as águas do Velho Chico, pelo menos se depender da Chesf e da Agência Nacional de Águas-ANA. Em meio a tantas promessas e projetos magníficos, construídos há décadas ao longo do São Francisco, nos quais o bem estar e a dignidade dos moradores ribeirinhos foram os itens menos valorizados, vemos que o único mar que se forma em nosso Sertão é feito de súplicas aos governos, preces a Deus e lágrimas da população, que ainda resiste em meio ao deserto de ações para divulgar técnicas de convívio com a estiagem, em lugares onde a esperança é apenas uma miragem, e a "ajuda do governo" não passa de carros pipas e esmolas, como as bolsas isso e auxílio aquilo.
A cada novo longo ciclo de estiagem, o povo sertanejo é submetido à humilhação de ser protagonista de mais um rosário de campanhas de arrecadação de alimentos, recebidas com alegria e constrangimento. O sertanejo digno é "antes de tudo um forte", não quer receber esmolas nem sobreviver às custas da caridade solidária. A população do semiárido merece respeito. A notícia abaixo está no Boletim Interno no. 21 do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco-CBHSF, publicado nesta quinta-feira (02).
“As famílias daqui estão vivendo na miséria por não terem o que comer e o que beber. Parece até filme, mas estamos nos aproximando do clima do deserto do Saara. As pessoas estão necessitando de ajuda, mas é muita a burocracia para se conseguir até um carro pipa. Agora com a redução de vazão, a coisa tende a piorar ”, disse o prefeito.
Membro do CBHSF e também preocupado com o futuro das águas do São Francisco, Israel Cardoso, que trabalha transportando passageiros no Velho Chico, teme maiores transtornos. “Eu trabalho com o transporte de pessoas e não posso contar com o acaso. Preciso saber como vai ficar o rio depois da redução de vazão para não correr o risco de a embarcação parar no meio da travessia”, disse.
Diante do cenário e das preocupações em torno da já decretada redução de vazão de 1.300 m3/s para 1.100 m3/s – decisão tomada pela Agência Nacional de Águas –, os participantes da reunião resolveram elaborar um documento condenando a redução, a ser debatido em um encontro, previsto para o dia 30 de maio, reunindo as CCRs do Submédio e do Baixo São Francisco.
Após a reunião, os membros do Comitê visitaram a Barragem de Sobradinho, que, de acordo com o site da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf atingiu no dia de ontem (25.04), 45,8% do seu volume útil de água, com 3.160 m3/s de afluência e 1.600 m3/s de defluência. Os participantes também visitaram a Central Geradora Eólica de Casa Nova, um parque de energia eólica em construção no município.
A reunião foi conduzida pelo coordenador da CCR do Submedio, Totonho Valadares, e contou com cerca de 50 participantes, entre eles os seguintes membros do CBHSF: Avani Torres, vice presidente do colegiado;Ana Paula Farias Castro, secretária da CCR do Submedio; Juliana Baseos, da Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa; João Batista Silva, da Associação dos Produtores Rurais Irrigantes do Vale de Moxotó; Israel Cardoso, da Associação dos Proprietários e Condutores de Barcos da Ilha do Rodeadouro; Domingos Márcio Matos, da Colônia de Pescadores de Juazeiro; Johann Gnadllinger, do Instituto Regional de Pequena Agropecuária Apropriada; Almacks Luiz Silva, do CBH Salitre e Zuleide Monteiro, da AGB Peixe Vivo."
Após a reunião, os membros do Comitê visitaram a Barragem de Sobradinho, que, de acordo com o site da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf atingiu no dia de ontem (25.04), 45,8% do seu volume útil de água, com 3.160 m3/s de afluência e 1.600 m3/s de defluência. Os participantes também visitaram a Central Geradora Eólica de Casa Nova, um parque de energia eólica em construção no município.
A reunião foi conduzida pelo coordenador da CCR do Submedio, Totonho Valadares, e contou com cerca de 50 participantes, entre eles os seguintes membros do CBHSF: Avani Torres, vice presidente do colegiado;Ana Paula Farias Castro, secretária da CCR do Submedio; Juliana Baseos, da Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa; João Batista Silva, da Associação dos Produtores Rurais Irrigantes do Vale de Moxotó; Israel Cardoso, da Associação dos Proprietários e Condutores de Barcos da Ilha do Rodeadouro; Domingos Márcio Matos, da Colônia de Pescadores de Juazeiro; Johann Gnadllinger, do Instituto Regional de Pequena Agropecuária Apropriada; Almacks Luiz Silva, do CBH Salitre e Zuleide Monteiro, da AGB Peixe Vivo."
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Com informações e foto do CBH do São Francisco
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