Eraldo: "Melhorou muito depois das mudanças"
Silvinha: "Com a retirada dos bares de cima
da calçada, sobrou mais espaço"
Ivaldo "Novo": "Antes das mudanças, isso aqui era uma bagunça"
Galego da verdura:"Aprovo a mudança. Ficou melhor"
João Jacaré: "Ainda não deu pra sentir a diferença"
Brecha: "Pra mim piorou"
Welton Sapateiro: "Gostei da mudança"
Barrocão: "Essas
mudanças me prejudicaram muito, porque o meu estabelecimento ficou em um beco
escondido"
Naldo da Banca: "Com essas
mudanças que foram feitas, melhorou muito. Ficou mais folgado."
Rosângela: "Pra mim tanto faz.
Eu já tenho a minha freguesia certa"
Eu já tenho a minha freguesia certa"
Evaldo: "O movimento melhorou"
Baiano: "Nada a
reclamar sobre as mudanças, mas espero que a Prefeitura entregue o mais
rápido possível o mercado público. Aqui não temos nenhuma segurança."
As mudanças começaram com a retirada de vendedores da Avenida dos Três Poderes, no Centro, que foram deslocados para a rua Raimundo Lira (rua do Posto de Lavagem Papai Noel). Em seguida, foi a vez do deslocamento dos barracos que ficavam ao lado dos Correios, na Rua Regente Feijó, relocalizados na rua Coronel Aureliano Menezes, ao lado do Mercado Público. E, por último, as bancas que ficavam na rua Cecília Delgado, em frente à Secretaria de Saúde, para a frente do Mercado Público.
Nesta sexta-feira, a nossa reportagem conversou com vários proprietários das bancas, colhendo os depoimentos sobre as mudanças. Durante as entrevistas encontramos comerciantes contentes e descontentes.
Nossa reportagem iniciou os trabalhos visitando proprietários de bancas da rua Regente Feijó, a rua dos Correios. Nesse local as pessoas entrevistadas estavam satisfeitas com a retirada das barracas das calçadas. Segundo os feirantes, sobrou mais espaço para a feira livre. Eraldo, proprietário de uma banca de frutas e verduras, disse que as mudanças foram positivas. "Eu, como proprietário de banca, estou satisfeito com as mudanças, mas a satisfação também é dos fregueses. Hoje, eu já ouvi muitos elogios por parte deles, em virtude do espaço (livre) que ficou, facilitando a (circulação de) todos", disse Eraldo.
Vizinho à banca de Eraldo, conversamos com Silvinha. Ela também é proprietária de uma banca de frutas e verduras e há 18 anos negocia na feira livre de Petrolândia. Ela também aprovou a mudança. "Com a retirada dos bares da calçada, o povo está podendo caminhar livremente, sem aquele empurra-empurra. Ficou bom, mas eu não veja a hora de todos nós sermos deslocados para os nossos verdadeiros lugares, dentro do Mercado Público. Mas, pelo outro lado, eu também me preocupo, porque a minha banca aqui fora é grande, e lá dentro (do Mercado) a gente sabe que não vai ter uma banca do mesmo tamanho dessa que você está vendo aqui", disse Silvinha.
Andamos um pouco mais e conversamos com Ivaldo João Araújo, conhecido como Novo. Ele comercializa uma banca de coentro e alface e disse que também estava contente com a mudança.
"Antes da mudança, era uma bagunça isso aqui. Como ninguém tinha espaço para andar pelas calçadas, o movimento do povo era todo nesse corredor da feira, inclusive com muitos abalroando na minha banca. Agora ficou mais folgado", disse.
Outro que disse estar satisfeito com as mudanças era José Pereira da Cunha, conhecido como Galego da verdura, que tem banca em frente ao ponto comercial de Enoque. "Com a vinda dos proprietários de bancas que ficavam lá em cima (Avenida dos Três Poderes), o movimento aqui melhorou. Antes, os fregueses faziam suas compras lá e de lá iam embora. Agora eles têm que vir até aqui, e terminam comprando também outros tipos de mercadorias. O movimento aqui, antes, era um pouco parado, mas agora melhorou."
Da Rua Regente Feijó, a nossa reportagem se deslocou para a rua Coronel Aureliano Menezes. Lá, conversamos com os donos de bancas que foram deslocadas da rua Regente Feijó, e lá todos se diziam satisfeitos, apesar de ser apenas o primeiro dia de feira após a mudança. Conversamos com João Mathias,o popular João Jacaré. Ele é cabeleireiro e seu estabelecimento veio da Regente Feijó. "Na verdade, Assis, a gente não pode falar muito a respeito dessa mudança, porque hoje é apenas o primeiro dia. Vamos ver no que é que vai dar, mas eu fiquei satisfeito com o ponto aonde o meu salão foi colocado. Agora é torcer para que tudo dê certo", disse João Jacaré.
Cícero Pedro, conhecido como Brecha, que é proprietário do Salão Petrolândia, disse que as mudanças foram ruins pra ele. "Com a retirada de algumas barracas aqui da frente, o movimento piorou", disse.
Welton Sapateiro também disse estar satisfeito com o local onde a sua barraca foi colocada. "Gostei muito desse local onde foi colocada a minha sapataria. Aqui me parece que o movimento vai ser melhor", disse.
Tonho do Tempero, que também teve o seu bar deslocado da Regente Feijó para a Coronel Aureliano de Menezes, se disse satisfeito com o local, mas lamentou a semana em que ficou com o seu comércio parado, durante a mudança, e o motivo de muitos fregueses ainda não saberem onde fica o seu novo ponto. "Lá (na Regente Feijó), nessa hora (em torno de 10 horas da manhã, quando fazíamos a reportagem), o meu barraco já estava cheio. Aqui o movimento não está o mesmo, mas eu sei que depois as coisas voltam ao normal. Outra coisa que eu lamento é o fato de, em virtude dessa mudança, a gente ter ficado com o nosso comércio parado, e isso causou prejuízo financeiro a todos", disse Tonho do Tempero.
A nossa reportagem também procurou saber a opinião de comerciantes que já estavam com os seus estabelecimentos naquela localidade e sobre o que eles achavam da chegada dos novos companheiros, vindos da Regente Feijó para as proximidades. Aí, houve uma divisão de opiniões. Uns se consideram prejudicados e outros veem benefícios na mudança, enquanto outros simplesmente elogiaram a organização da feira pela Prefeitura.
O comerciante mais insatisfeito era o cabeleireiro Antonio Sena, conhecido como Barrocão. Proprietário do Salão do Barrocão, ele se disse muito prejudicado. Segundo Barrocão, com a chegada dos novos comerciantes, o seu ponto comercial ficou em um beco escondido. "Essas mudanças me prejudicaram muito, porque o meu estabelecimento ficou em um beco escondido, como vocês está vendo aí. As barracas que foram colocadas tomaram, quase que totalmente, a visão do meu salão."
Barrocão também disse a nossa reportagem que o certo seria o prefeito deslocar todos para os seus devidos lugares, dentro do mercado público, e que faltou diálogo entre os funcionários que fizeram as mudanças, por que não procuraram os comerciantes para conversar.
‘’O certo não era fazer essas mudanças, e sim o prefeito já fazer as transferência de todos para dentro do mercado. Também acho que faltou diálogo entre os encarregados da prefeitura que fizeram as mudanças sem nos consultar. Pelo menos eu, não fui consultado’’ disse Barrocão, que também disse que paga os seus impostos em dia.
A nossa reportagem também conversou com Egnaldo Feitosa, conhecido por Naldo da banca. Ele tem uma banca de confecções e aprovou as mudanças. "Com essas mudanças que foram feitas, melhorou muito. Ficou mais folgado e agora o freguês tem mais espaço para caminhar na feira. Isso mostra que quando se tem organização, as coisas funcionam", disse Naldo da banca.
Já Rosângela, que é dona de um bar, afirmou que para ela nada mudou."Pra mim tanto faz, porque eu já tenho os meus fregueses certos", disse.
Elízio Alves, conhecido como Baiano, que também tem um bar na mesma rua, disse não ter nada a reclamar sobre as mudanças, mas espera que a Prefeitura entregue o mais rápido possível o Mercado Público. Baiano também reclamou da falta de segurança. "Aqui nós não temos nenhuma segurança. A gente não pode nem fazer um investimento maior, como comprar boas bebidas, como uísque, por exemplo, porque são bebidas caras e a gente teme que o barraco seja arrombado durante a noite. A nossa segurança aqui é Deus", afirmou Baiano.
Próximo a Baiano, conversamos com Evaldo Alves, proprietário do popular Bar do Evaldo. Ele disse que, após as mudanças, o movimento melhorou. ''Eu estou gostando porque, com essas mudanças, com a vinda de outros comerciantes que negociam com outras mercadorias, o fluxo de gente aumentou aqui na avenida. Mas, na verdade, Assis, pra mim nunca teve tempo ruim. O meu bar tem sempre uma clientela garantida já há muito tempo", declarou Evaldo.
Ali bem próximo ao bar de Evaldo, conversamos com o Sr. Francisco, conhecido como Chico da Capotaria. Ele é dono de uma banca de confecções (também tem uma capotaria em frente à casa de shows Velho Chico, na Av. Marquês de Olinda) e disse que para ele nada mudou. "Pra mim nada mudou, ainda não deu pra sentir nenhuma mudança."
Para encerrar a nossa reportagem, visitamos comerciantes que foram relocalizados em frente ao Mercado Público, que antes tinham suas bancas de confecções na rua Cecília Delgado (rua da Secretaria de Saúde). Os comerciantes com quem conversamos estavam insatisfeitos, reclamando muito da mudança realizada pela Prefeitura.
Alguns comerciantes ali estabelecidos nos deram depoimentos, mas pediram para que os seus nomes não fossem divulgados na reportagem. Mas todos com quem conversamos estavam bastante revoltados. Uma senhora com quem conversamos, disse não ter vendido praticamente nada. O mesmo foi dito por sua vizinha de banca.
O comerciante Bento Virgulino, conhecido por Bento da Banca, que disse não pedir sigilo do nome, afirmou que no lugar onde eles estavam, os seus negócios eram movimentados, porque era em uma avenida que tinha bastante movimento e o local onde eles foram colocados não tem movimento nenhum. "Todos nós fazíamos um bom apurado quando a gente estava lá (na rua Cecília Delgado), porque lá era movimentado. Sempre tinha gente passando próximo às nossas bancas. E aqui o ponto é morto. Para que você tenha uma ideia, Assis, eu vou dizer uma coisa que não é mentira não. Estamos no fim da feira e eu só apurei 6 reais", disse Bento.
A feira livre de Petrolândia funciona de segunda a sábado, tendo na sexta-feira o dia de principal movimento.
As mudanças foram implantadas pela Prefeitura Municipal de Petrolândia em atendimento a recomendação do Ministério Público, para ordenamento das barracas da feira livre, sem prejuízo do fluxo de veículos e pedestres. A retirada dos comerciantes das barracas da rua Cecília Delgado foi determinada pelo MP devido àquela via pública estar localizada ao lado da agência do Banco do Brasil e ser considerada área de risco e que não pode ser obstruída.
Para ver o álbum de fotos da reportagem, clique aqui>Feira livre de Petrolândia após ordenamento (26/04/13)
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho
Welton Sapateiro também disse estar satisfeito com o local onde a sua barraca foi colocada. "Gostei muito desse local onde foi colocada a minha sapataria. Aqui me parece que o movimento vai ser melhor", disse.
Tonho do Tempero, que também teve o seu bar deslocado da Regente Feijó para a Coronel Aureliano de Menezes, se disse satisfeito com o local, mas lamentou a semana em que ficou com o seu comércio parado, durante a mudança, e o motivo de muitos fregueses ainda não saberem onde fica o seu novo ponto. "Lá (na Regente Feijó), nessa hora (em torno de 10 horas da manhã, quando fazíamos a reportagem), o meu barraco já estava cheio. Aqui o movimento não está o mesmo, mas eu sei que depois as coisas voltam ao normal. Outra coisa que eu lamento é o fato de, em virtude dessa mudança, a gente ter ficado com o nosso comércio parado, e isso causou prejuízo financeiro a todos", disse Tonho do Tempero.
A nossa reportagem também procurou saber a opinião de comerciantes que já estavam com os seus estabelecimentos naquela localidade e sobre o que eles achavam da chegada dos novos companheiros, vindos da Regente Feijó para as proximidades. Aí, houve uma divisão de opiniões. Uns se consideram prejudicados e outros veem benefícios na mudança, enquanto outros simplesmente elogiaram a organização da feira pela Prefeitura.
O comerciante mais insatisfeito era o cabeleireiro Antonio Sena, conhecido como Barrocão. Proprietário do Salão do Barrocão, ele se disse muito prejudicado. Segundo Barrocão, com a chegada dos novos comerciantes, o seu ponto comercial ficou em um beco escondido. "Essas mudanças me prejudicaram muito, porque o meu estabelecimento ficou em um beco escondido, como vocês está vendo aí. As barracas que foram colocadas tomaram, quase que totalmente, a visão do meu salão."
Barrocão também disse a nossa reportagem que o certo seria o prefeito deslocar todos para os seus devidos lugares, dentro do mercado público, e que faltou diálogo entre os funcionários que fizeram as mudanças, por que não procuraram os comerciantes para conversar.
‘’O certo não era fazer essas mudanças, e sim o prefeito já fazer as transferência de todos para dentro do mercado. Também acho que faltou diálogo entre os encarregados da prefeitura que fizeram as mudanças sem nos consultar. Pelo menos eu, não fui consultado’’ disse Barrocão, que também disse que paga os seus impostos em dia.
A nossa reportagem também conversou com Egnaldo Feitosa, conhecido por Naldo da banca. Ele tem uma banca de confecções e aprovou as mudanças. "Com essas mudanças que foram feitas, melhorou muito. Ficou mais folgado e agora o freguês tem mais espaço para caminhar na feira. Isso mostra que quando se tem organização, as coisas funcionam", disse Naldo da banca.
Já Rosângela, que é dona de um bar, afirmou que para ela nada mudou."Pra mim tanto faz, porque eu já tenho os meus fregueses certos", disse.
Elízio Alves, conhecido como Baiano, que também tem um bar na mesma rua, disse não ter nada a reclamar sobre as mudanças, mas espera que a Prefeitura entregue o mais rápido possível o Mercado Público. Baiano também reclamou da falta de segurança. "Aqui nós não temos nenhuma segurança. A gente não pode nem fazer um investimento maior, como comprar boas bebidas, como uísque, por exemplo, porque são bebidas caras e a gente teme que o barraco seja arrombado durante a noite. A nossa segurança aqui é Deus", afirmou Baiano.
Próximo a Baiano, conversamos com Evaldo Alves, proprietário do popular Bar do Evaldo. Ele disse que, após as mudanças, o movimento melhorou. ''Eu estou gostando porque, com essas mudanças, com a vinda de outros comerciantes que negociam com outras mercadorias, o fluxo de gente aumentou aqui na avenida. Mas, na verdade, Assis, pra mim nunca teve tempo ruim. O meu bar tem sempre uma clientela garantida já há muito tempo", declarou Evaldo.
Ali bem próximo ao bar de Evaldo, conversamos com o Sr. Francisco, conhecido como Chico da Capotaria. Ele é dono de uma banca de confecções (também tem uma capotaria em frente à casa de shows Velho Chico, na Av. Marquês de Olinda) e disse que para ele nada mudou. "Pra mim nada mudou, ainda não deu pra sentir nenhuma mudança."
Para encerrar a nossa reportagem, visitamos comerciantes que foram relocalizados em frente ao Mercado Público, que antes tinham suas bancas de confecções na rua Cecília Delgado (rua da Secretaria de Saúde). Os comerciantes com quem conversamos estavam insatisfeitos, reclamando muito da mudança realizada pela Prefeitura.
Alguns comerciantes ali estabelecidos nos deram depoimentos, mas pediram para que os seus nomes não fossem divulgados na reportagem. Mas todos com quem conversamos estavam bastante revoltados. Uma senhora com quem conversamos, disse não ter vendido praticamente nada. O mesmo foi dito por sua vizinha de banca.
O comerciante Bento Virgulino, conhecido por Bento da Banca, que disse não pedir sigilo do nome, afirmou que no lugar onde eles estavam, os seus negócios eram movimentados, porque era em uma avenida que tinha bastante movimento e o local onde eles foram colocados não tem movimento nenhum. "Todos nós fazíamos um bom apurado quando a gente estava lá (na rua Cecília Delgado), porque lá era movimentado. Sempre tinha gente passando próximo às nossas bancas. E aqui o ponto é morto. Para que você tenha uma ideia, Assis, eu vou dizer uma coisa que não é mentira não. Estamos no fim da feira e eu só apurei 6 reais", disse Bento.
A feira livre de Petrolândia funciona de segunda a sábado, tendo na sexta-feira o dia de principal movimento.
As mudanças foram implantadas pela Prefeitura Municipal de Petrolândia em atendimento a recomendação do Ministério Público, para ordenamento das barracas da feira livre, sem prejuízo do fluxo de veículos e pedestres. A retirada dos comerciantes das barracas da rua Cecília Delgado foi determinada pelo MP devido àquela via pública estar localizada ao lado da agência do Banco do Brasil e ser considerada área de risco e que não pode ser obstruída.
Para ver o álbum de fotos da reportagem, clique aqui>Feira livre de Petrolândia após ordenamento (26/04/13)
Rua Cecília Delgado nesta sexta-feira (26), sem as bancas dos feirantes |
Fotos: Assis Ramalho
Eu como cidadã amei as mudanças.Minha cidade tá ficando linda!E sobre a insatisfação de alguns feirantes não vejo motivos pois se a mercadoria é boa o cliente vai continuar comprando,independente de sua localização!
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