Vista da orla fluvial de Petrolândia (Foto: Lúcia Xavier)
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Nesta segunda-feira têm inicio as comemorações da Semana da Água, cuja culminância acontece na próxima sexta-feira, 22 de março, "Dia Mundial da Água". A data comemorativa foi criada pela Assembleia Geral da ONU através da resolução A/RES/47/193, de 21/02/1993, declarando o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21.
O município de Petrolândia é cortado pelas águas do rio São Francisco, represadas pelo lago da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, e podemos dizer que há relativa abundância de água, em comparação com inúmeros outros lugares menos favorecidos com recursos hídricos aproveitáveis para consumo humano e irrigação.
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Apesar do grande manancial disponível, vemos poucas ações destinadas a preservar a qualidade da água. A poluição é crescente, tanto por lixo orgânico quanto inorgânico. Por isso, temos nossas dúvidas sobre até quando esse lago vai ter água de qualidade razoável, que possa ser tratada para tornar-se própria ao consumo humano. Afinal, não temos mais um rio. Temos um lago. A água não leva a sujeira com a mesma rapidez de um, se é essa a intenção de quem joga lixo no rio. Guardadas as proporções, é como jogar lixo na caixa d'água de sua casa e querer água limpa na torneira.
Já existem na cidade mobilizações pela destinação de resíduos sólidos, pela coleta seletiva, em prol da reciclagem. Nada contra coleta seletiva e reciclagem, pelo contrário, é ótimo. Toda ação para preservar o meio ambiente é elogiável. No entanto, Petrolândia é uma cidade ribeirinha e suas preocupações devem se voltar, o quanto antes, para a água, que é um recurso finito e essencial, ao contrário do lixo. Nossa cidade, invejada pela beleza de seu espelho d'água, precisa se preocupar não apenas com a beleza e a limpeza da moldura, mas principalmente com a qualidade do seu conteúdo.
Obviamente não faltará quem diga que pensar e tratar disso é obrigação dos políticos, ou mais especificamente do prefeito. Não é. Pensar e lutar por isso é obrigação de todo cidadão consciente, que sabe, por exemplo, que jogar óleo de fritura na pia da cozinha polui milhares de litros de água potável, mas, por falta de alternativa e com a consciência pesada, o cidadão é obrigado a jogar óleo no ralo, pois jogá-lo no solo também é poluente.
Espalhados pelo Brasil existem muitos projetos para reciclagem do óleo de cozinha. Para citar apenas Pernambuco, a Compesa - promotora de alguns projetos de coleta de material para reciclagem - e, mais recentemente, a Secretaria Estadual de Educação, têm parceria para coleta de óleo de cozinha na área da Região Metropolitana do Recife e algumas cidades do Agreste. O sabão é transformado em sabão pela ASA, indústria que produz o popular sabão Bem-Te-Vi, e tem mais de mil pontos de coleta no Estado.
Para saber mais sobre o assunto, clique nos atalhos abaixo:
DP: Bem-Te-Vi é case de sucesso no processo de reciclagem de óleo de cozinha
SEE apoia campanha ambiental e disponibiliza ponto de coleta de óleo para funcionários
UOL: Inventor faz resina antiferrugem com óleo de cozinha e lucra em PE
Metrópole: Escolas do município coletam de cozinha para reaproveitamento
JPress: Reciclagem de óleo de cozinha evita graves danos ambientais
Revista Reciclar Já: Reciclar óleo de cozinha pode contribuir para diminuir aquecimento global
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
SEE apoia campanha ambiental e disponibiliza ponto de coleta de óleo para funcionários
UOL: Inventor faz resina antiferrugem com óleo de cozinha e lucra em PE
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